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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Sem tomar em consideração a sentença divina, prepararam-se os israelitas para empreender a<br />

conquista de Canaã. Equipados de escudos e armas de guerra, achavam-se, quanto ao que calculavam,<br />

completamente preparados para a luta; mas eram deploravelmente deficientes à vista de Deus e de Seus<br />

entristecidos servos. Quando, quase quarenta anos mais tarde, o Senhor ordenou a Israel subir e tomar<br />

Jericó, prometeu ir com eles. A arca contendo a Sua lei foi levada diante dos exércitos deles. Os chefes<br />

que Ele designara deviam guiar-lhes os movimentos, sob a inspeção divina. Com tal direção, nenhum<br />

mal lhes poderia sobrevir. Mas agora, contrariamente ao mando de Deus e à proibição solene de seus<br />

chefes, sem a arca e sem Moisés, foram enfrentar os exércitos do inimigo.<br />

A trombeta soou o alarma, e Moisés apressou-se após eles com o aviso: “Por que quebrantais o<br />

mandado do Senhor? pois isso não prosperará. Não subais, pois o Senhor não estará no meio de vós, para<br />

que não sejais feridos diante dos vossos inimigos. Porque os amalequitas e os cananeus estão ali diante<br />

da vossa face, e caireis à espada”. Números 14:41-43.<br />

Os cananeus tinham ouvido falar do poder misterioso que parecia guardar esse povo, e dos<br />

prodígios operados em seu favor; e agora convocaram uma força poderosa para repelir os invasores. O<br />

exército atacante não tinha chefe. Nenhuma oração fora feita para que Deus lhes desse a vitória. Saíram<br />

com o desesperado intuito de revogar a sua sorte ou morrer na batalha. Posto que não fossem<br />

experimentados na guerra, eram uma vasta multidão de homens armados, e esperavam <strong>por</strong> um assalto de<br />

surpresa suplantar toda oposição. Presunçosamente desafiaram o adversário que não ousara atacá-los.<br />

Os cananeus tinham-se estacionado sobre um planalto rochoso, acessível apenas <strong>por</strong> desfiladeiros<br />

incômodos, e subidas íngremes e perigosas. O imenso número dos hebreus apenas poderia tornar sua<br />

derrota mais terrível. Vagarosamente enfileiraram-se pelas sendas das montanhas, expostos aos projéteis<br />

mortíferos de seus inimigos no alto. Rochas pesadas vinham trovejando abaixo, assinalando o seu<br />

caminho com o sangue dos mortos. Aqueles que atingiam o cimo, exaustos com a ascensão, eram<br />

atrozmente repelidos, e expulsos com grandes perdas. O campo de carnificina ficou juncado de<br />

cadáveres. O exército de Israel foi derrotado completamente. Destruição e morte foram o resultado<br />

daquela experiência revoltosa.<br />

Obrigados finalmente à submissão, os sobreviventes voltaram e choraram perante o Senhor, mas o<br />

Senhor não ouviu a sua voz. Deuteronômio 1:45. Pela sua assinalada vitória, os inimigos de Israel, que<br />

antes haviam esperado com tremor a aproximação daquele poderoso exército, inspiraram-se de confiança<br />

para lhes resistir. Todas as notícias que tinham ouvido concernentes às coisas maravilhosas que Deus<br />

operara pelo Seu povo, consideravam agora falsas, e entendiam não haver motivos de receio. Aquela<br />

primeira derrota de Israel, inspirando os cananeus com coragem e resolução, aumentara grandemente as<br />

dificuldades da conquista. Nada restava a Israel senão recuar da face de seus vitoriosos adversários para<br />

o deserto, sabendo que ali deveria ser o túmulo de uma geração inteira.<br />

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