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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

sabedoria e força. Deus é “poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que<br />

pedimos ou pensamos”. Efésios 3:20.<br />

Gideão voltou da perseguição aos inimigos da nação para encontrar censura e acusação <strong>por</strong> parte<br />

de seus próprios compatriotas. Quando ao seu chamado os homens de Israel foram arregimentados contra<br />

os midianitas, a tribo de Efraim ficara atrás. Consideravam aquele esforço como uma ação perigosa; e,<br />

como Gideão não lhes fizesse uma convocação especial, aproveitaram-se desta desculpa para não se<br />

unirem a seus irmãos. Mas, quando a notícia da vitória de Israel chegou a eles, os efraimitas ficaram com<br />

ciúmes, <strong>por</strong>que não haviam participado da mesma. Depois da derrota dos midianitas, os homens de<br />

Efraim haviam <strong>por</strong> determinação de Gideão se apoderado dos vaus do Jordão, impedindo assim a<br />

escapada dos fugitivos. Por este meio grande número de inimigos foram mortos, entre os quais estavam<br />

dois príncipes, Orebe e Zeebe. Assim, os homens de Efraim acompanharam o combate e auxiliaram na<br />

completa vitória. Não obstante, ficaram com inveja e irados, como se Gideão fora levado pela sua própria<br />

vontade e juízo. Não discerniram a mão de Deus na vitória de Israel, não apreciaram Seu poder e<br />

misericórdia no livramento deles; e este mesmo fato demonstrou-os indignos de serem escolhidos como<br />

Seus instrumentos especiais.<br />

Voltando com os troféus da vitória, raivosamente censuraram a Gideão: “Que é isto que nos fizeste,<br />

que não nos chamaste, quando foste pelejar contra os midianitas?” “Que mais fiz eu agora do que vós?”<br />

disse Gideão. “Não são <strong>por</strong>ventura os rabiscos de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer? Deus<br />

vos deu na vossa mão aos príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe; que mais pude eu logo fazer do que<br />

vós?” O espírito de inveja poderia facilmente ter provocado uma contenda que haveria causado lutas e<br />

morticínio; mas a resposta modesta de Gideão abrandou a ira dos homens de Efraim, e eles voltaram em<br />

paz para casa. Firme e intransigente onde havia uma questão de princípios, e na guerra “varão valoroso”,<br />

Gideão possuía também um espírito de cortesia que raramente se vê.<br />

O povo de Israel, em gratidão pelo seu livramento dos midianitas, propôs a Gideão que ele se<br />

tornasse seu rei, e que o trono se confirmasse aos seus descendentes. Essa proposta estava em direta<br />

violação dos princípios da teocracia. Deus era o rei de Israel, e para este a colocação de um homem no<br />

trono seria a rejeição de seu Soberano divino. Gideão reconheceu este fato; sua resposta mostra quão<br />

verdadeiros e nobres eram os seus intuitos. “Sobre vós eu não dominarei”, declarou ele, “nem tão pouco<br />

meu filho sobre vós dominará; o Senhor sobre vós dominará.”<br />

Mas Gideão caiu em outro erro, que acarretou desgraça à sua casa e a todo o Israel. O perigo de<br />

inatividade que se segue a uma grande luta acha-se muitas vezes repleto de maiores perigos do que o<br />

tempo de conflito. A este perigo estava Gideão agora exposto. Um espírito de inquietação o possuiu. Até<br />

ali se contentara com realizar o que Deus lhe determinava; mas agora, em vez de esperar guia divina,<br />

começou a fazer planos <strong>por</strong> si mesmo. Havendo os exércitos do Senhor ganho uma assinalada vitória,<br />

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