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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

À vista da arca, a alegria e a esperança <strong>por</strong> um breve momento fizeram fremir o coração de Davi.<br />

Mas logo outros pensamentos lhe vieram. Como aquele que fora designado para governar a herança de<br />

Deus, encontrava-se ele sob uma responsabilidade solene. Não o interesse pessoal, mas sim a glória de<br />

Deus e o bem de Seu povo deveriam ser objetivos preeminentes no espírito do rei de Israel. Deus, que<br />

habita entre os querubins, disse acerca de Jerusalém: “Este é o Meu repouso” (Salmos 132:14); e, sem<br />

autoridade divina, nem sacerdote nem rei tinha o direito de remover dali o símbolo de Sua presença. E<br />

Davi compreendeu que seu coração e sua vida deveriam estar em harmonia com os preceitos divinos,<br />

aliás a arca seria o meio para ocorrer desastre em vez de êxito. Seu grande pecado estava sempre diante<br />

dele. Reconhecia nesta conspiração o justo juízo de Deus. A espada que não deveria afastar-se de sua<br />

casa, fora desembainhada. Ele não sabia qual poderia ser o resultado da luta. Não lhe competia remover<br />

da capital da nação os estatutos sagrados que incor<strong>por</strong>avam a vontade de seu divino Soberano, os quais<br />

eram a constituição do reino e o fundamento de sua prosperidade.<br />

Ele ordenou a Zadoque: “Torna a levar a arca de Deus à cidade; que, se achar graça nos olhos do<br />

Senhor, Ele me tornará a trazer para lá, e me deixará ver a ela e a sua habitação. Se, <strong>por</strong>ém, disser assim:<br />

Não tenho prazer em ti; eis-me aqui, faça de mim como parecer bem aos Seus olhos.” Davi acrescentou:<br />

“Não és tu <strong>por</strong>ventura o vidente?” — homem designado <strong>por</strong> Deus para instruir o povo. “Torna, pois, em<br />

paz para a cidade, e convosco também vossos dois filhos, Aimaás, teu filho, e Jônatas, filho de Abiatar.<br />

Olhai que me demorarei nas campinas do deserto até que tenha novas vossas”. 2 Samuel 15:25-28. Na<br />

cidade os sacerdotes poderiam prestar-lhe bom serviço, sabendo dos movimentos e intuitos dos rebeldes,<br />

e comunicando-os secretamente ao rei <strong>por</strong> seus filhos Aimaás e Jônatas.<br />

Voltando os sacerdotes a Jerusalém, uma sombra mais negra recaiu sobre a multidão que partia.<br />

Sendo seu rei fugitivo, sendo eles próprios rejeitados, abandonados mesmo pela arca de Deus, estava o<br />

futuro obscurecido de terror e maus prenúncios. “E subiu Davi pela subida das Oliveiras, subindo e<br />

chorando, e com a cabeça coberta, e caminhava com os pés descalços; e todo o povo que ia com ele<br />

cobria cada um a sua cabeça, e subiam chorando sem cessar. Então fizeram saber a Davi, dizendo:<br />

Também Aitofel está entre os que se conjuraram com Absalão.” Novamente foi Davi obrigado a<br />

reconhecer em suas calamidades os resultados de seu próprio pecado. A deserção de Aitofel, o mais hábil<br />

e astuto dos dirigentes políticos, foi motivada pela vingança à desonra que sobreveio à família em virtude<br />

do dano feito a Bate-Seba, que era sua neta.<br />

“Pelo que disse Davi: Ó Senhor, transtorna o conselho de Aitofel”. 2 Samuel 15:30, 31. Chegando<br />

ao cume do monte, o rei curvou-se em oração, lançando sobre Deus o fardo de sua alma, e suplicando<br />

humildemente a misericórdia divina. Sua oração pareceu ser de pronto respondida. Husai, o arquita,<br />

conselheiro sábio e hábil, que se mostrara amigo fiel de Davi, veio então a ele com as vestes rotas, e com<br />

terra sobre sua cabeça, para lançar sua sorte com o rei destronado e fugitivo. Davi viu, como <strong>por</strong><br />

iluminação divina, que este homem, fiel e de coração veraz, era aquele de quem se necessitava para servir<br />

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