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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Senhor dos exércitos. Quão profundamente devemos sentir esta verdade no juízo a nós mesmos e a<br />

outrem! Podemos aprender pelo engano de Samuel quão vã é a apreciação que repousa na beleza do rosto<br />

ou no <strong>por</strong>te nobre da estatura. Podemos ver quão incapaz é a sabedoria do homem para compreender os<br />

segredos do coração, ou os conselhos de Deus, sem esclarecimento especial do Céu. Os pensamentos e<br />

caminhos de Deus em relação às Suas criaturas estão acima da nossa mente finita; mas podemos estar<br />

certos de que Seus filhos serão levados a preencher precisamente o lugar para que estão habilitados, e<br />

estarão aptos para cumprir o próprio trabalho confiado às suas mãos, se tão-somente sujeitarem sua<br />

vontade a Deus, a fim de que Seus planos beneficentes não sejam frustrados pela perversidade do homem.<br />

Eliabe saiu de sob a inspeção de Samuel, e os seis irmãos que estavam assistindo à cerimônia<br />

religiosa vieram a seguir, a ser observados sucessivamente pelo profeta; mas o Senhor não indicou a Sua<br />

escolha em favor de qualquer deles. Com uma incerteza dolorosa Samuel tinha olhado para o último dos<br />

moços; o profeta estava perplexo e confuso. Perguntou a Jessé: “Acabaram-se os mancebos?” O pai<br />

respondeu: “Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas.” Samuel determinou que ele fosse<br />

chamado, dizendo: “Não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui”. 1 Samuel 16:6, 7,<br />

11.<br />

O solitário pastor ficou sobressaltado com o inesperado chamado do mensageiro, que anunciou que<br />

o profeta viera a Belém e o mandara chamar. Com surpresa perguntou <strong>por</strong> que o profeta e juiz de Israel<br />

desejava falar com ele; mas sem demora obedeceu à chamada. “E era ruivo e formoso de semblante e de<br />

boa presença.” Ao ver Samuel com prazer o pastorzinho formoso, viril e modesto, a voz do Senhor falou<br />

ao profeta, dizendo: “Levanta-te, e unge-o, <strong>por</strong>que este mesmo é.” Davi havia-se mostrado bravo e fiel<br />

no humilde ofício de pastor, e agora Deus o escolhera para ser o capitão de Seu povo. “Então Samuel<br />

tomou o vaso do azeite, e ungiu-o no meio de [dentre] seus irmãos; e desde aquele dia em diante o<br />

Espírito do Senhor Se apoderou de Davi”. 1 Samuel 16:12, 13. O profeta tinha cumprido o trabalho que<br />

lhe havia sido designado, e com coração aliviado voltou a Ramá.<br />

Samuel não tinha dado a conhecer a sua missão, mesmo à família de Jessé, e a cerimônia da unção<br />

de Davi fora efetuada secretamente. Foi aquilo uma indicação ao jovem acerca do alto destino que o<br />

aguardava, a fim de que, <strong>por</strong> entre todas as experiências variadas e perigos de seus anos vindouros, tal<br />

conhecimento pudesse inspirá-lo a ser fiel ao propósito de Deus que deveria ser cumprido <strong>por</strong> sua vida.<br />

A grande honra conferida a Davi não teve como resultado ensoberbecê-lo. Apesar do elevado cargo que<br />

deveria ocupar, continuou silenciosamente com sua ocupação, contente com esperar o desenvolvimento<br />

dos planos do Senhor, no tempo e maneira que Lhe aprouvessem. Tão humilde e modesto como antes de<br />

sua unção, o pastorzinho voltou às colinas, e vigiava e guardava seus rebanhos com tanta ternura como<br />

sempre. Com nova inspiração, <strong>por</strong>ém, compunha suas melodias, e tocava em sua harpa. Diante dele se<br />

estendia uma paisagem de rica e variada beleza. As videiras, com seus cachos, resplandeciam à luz solar.<br />

As árvores da floresta, com sua verde folhagem, inclinavam-se com a brisa. Via o Sol inundando os céus<br />

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