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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

autoridade judiciária fora delegada a Arão, e uma vasta multidão reuniu-se em redor de sua tenda, com<br />

o pedido: “Faze-nos deuses, que vão adiante de nós; <strong>por</strong>que quanto a este Moisés, a este homem que nos<br />

tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu”. Êxodo 32:1. A nuvem, disseram eles, que até<br />

ali os havia guiado, repousava agora permanentemente sobre o monte; não mais dirigiria as suas viagens.<br />

Queriam ter uma imagem em seu lugar; e se, como havia sido sugerido, resolvessem voltar ao Egito,<br />

teriam o favor dos egípcios, levando essa imagem diante de si, e reconhecendo-a como seu deus. O culto<br />

de Ápis era acompanhado da mais grosseira licenciosidade, e o relato das Escrituras denota que a<br />

adoração ao bezerro levada a efeito pelos israelitas foi acompanhada <strong>por</strong> toda a devassidão usual no culto<br />

pagão.<br />

Lemos: “No dia seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e<br />

o povo assentouse para comer e beber, e levantou-se para divertir-se”. Êxodo 32:6. A palavra hebraica<br />

traduzida “divertir-se”, significa divertir-se com saltos, cânticos e danças. Estas danças, especialmente<br />

entre os egípcios, eram sensuais e indecentes. A palavra traduzida “corrompeu” no versículo seguinte,<br />

onde se lê: “O teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu”, é a mesma palavra usada em Gênesis<br />

6:11, 12, onde lemos que a Terra estava corrompida, “<strong>por</strong>que todo ser vivente havia corrompido o seu<br />

caminho na Terra”. Isto explica a terrível ira do Senhor, e <strong>por</strong> que Ele desejava consumir o povo de uma<br />

vez. Tal ocasião crítica exigia um homem de firmeza, decisão e coragem inflexível; um homem que<br />

tivesse a honra de Deus em maior conta do que o favor popular, a segurança pessoal, ou a própria vida.<br />

Mas o atual líder de Israel não era deste caráter. Arão, com fraqueza, apresentou objeções ao povo, mas<br />

sua vacilação e timidez no momento crítico apenas os tornou mais decididos. O tumulto aumentou. Um<br />

frenesi, cego e desarrazoado, pareceu apoderar-se da multidão.<br />

Alguns houve que permaneceram fiéis ao seu concerto com Deus; mas a maior parte do povo aderiu<br />

à apostasia. Uns poucos que se arriscaram a denunciar a proposta execução da imagem como sendo<br />

idolatria, foram atacados e rudemente tratados, e na confusão e agitação perderam finalmente a vida.<br />

Arão temia pela sua própria segurança; e, em vez de manter-se nobremente pela honra de Deus, rendeuse<br />

às exigências da multidão. Seu primeiro ato foi ordenar que os brincos de ouro fossem reunidos dentre<br />

todo o povo e trazidos a ele, esperando que o orgulho os levasse a recusar tal sacrifício. Voluntariamente,<br />

<strong>por</strong>ém, cederam os seus ornamentos; e destes fez um bezerro fundido, à imitação dos deuses do Egito. O<br />

povo proclamou: “Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.” E Arão vilmente<br />

permitiu se fizesse este insulto a Jeová. Fez mais. Vendo com que satisfação o deus de ouro era recebido,<br />

construiu um altar diante dele, e fez esta proclamação: “Amanhã será festa ao Senhor”. Êxodo 32:4, 5.<br />

O anúncio foi apregoado <strong>por</strong> trombeteiros, de grupo em grupo pelo acampamento todo. “E no dia<br />

seguinte madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a<br />

comer e a beber; depois levantaram-se a folgar”. Êxodo 32:6. Sob o pretexto de realizarem uma “festa<br />

ao Senhor”, entregaram-se à glutonaria, à folgança licenciosa. Quantas vezes em nossos próprios dias é<br />

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