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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

do rei, e fez um apelo muitíssimo tocante. “Que fiz eu?” perguntou ele; “qual é o meu crime? e qual é o<br />

meu pecado diante de teu pai, que procura tirar-me a vida?” Jônatas acreditava que seu pai tinha mudado<br />

de propósito, e não mais tencionava tirar a vida de Davi. E lhe disse: “Tal não seja; não morrerás. Eis<br />

que meu pai não faz coisa nenhuma grande, nem pequena, sem primeiro me dar parte; <strong>por</strong> que pois meu<br />

pai me encobriria este negócio? não é assim.” Jônatas não podia crer que, depois da notável exibição do<br />

poder de Deus, seu pai ainda faria mal a Davi, visto que tal ato seria manifesta rebelião contra Deus. Mas<br />

Davi não estava convencido. Com grande veemência declarou a Jônatas: “Vive o Senhor, e vive a tua<br />

alma, que apenas há um passo entre mim e a morte”. 1 Samuel 20:1, 2.<br />

Por ocasião da lua nova, celebrava-se uma festividade sagrada em Israel. Esta festa ocorreu no dia<br />

seguinte ao da entrevista de Davi e Jônatas. Esperava-se que neste festim ambos os moços<br />

comparecessem à mesa do rei; mas Davi receou estar presente, e tomaram-se disposições para que ele<br />

fosse visitar seus irmãos em Belém. À sua volta devia esconder-se em um campo não longe da sala do<br />

banquete, ausentando-se durante três dias da presença do rei; e Jônatas notaria o efeito disto sobre Saul.<br />

Se este perguntasse sobre o paradeiro do filho de Jessé, Jônatas devia dizer que ele tinha ido à sua casa<br />

a fim de assistir ao sacrifício oferecido pela casa de seu pai. Se nenhuma demonstração de ira fosse dada<br />

pelo rei, mas respondesse ele: “Está bem”, não haveria então perigo a Davi em voltar à corte. Mas, se<br />

ficasse irado com sua ausência, isto resolveria a questão da fuga de Davi.<br />

No primeiro dia da festa o rei não fez pergunta alguma quanto à ausência de Davi; mas, quando<br />

seu lugar se achou vago no segundo dia, perguntou: “Por que não veio o filho de Jessé nem ontem nem<br />

hoje a comer pão? E respondeu Jônatas a Saul: Davi me pediu encarecidamente que o deixasse ir a Belém,<br />

dizendo: Peço-te que me deixes ir, <strong>por</strong>quanto a nossa linhagem tem um sacrifício na cidade, e meu irmão<br />

mesmo me mandou ir; se pois agora tenho achado graça em teus olhos, peço-te que me deixes partir, para<br />

que veja meus irmãos. Por isso não veio à mesa do rei”. 1 Samuel 20:7, 27-29. Quando Saul ouviu estas<br />

palavras, sua ira foi indomável. Declarou que, enquanto Davi vivesse, Jônatas não poderia subir ao trono<br />

de Israel, e exigiu que imediatamente se mandasse buscar a Davi a fim de que fosse morto. Jônatas de<br />

novo intercedeu <strong>por</strong> seu amigo, rogando: “Por que há de ele morrer? Que tem feito?” Este apelo ao rei<br />

apenas o tornou mais satânico em seu furor, e a lança que ele destinava a Davi arremessou-a contra seu<br />

filho.<br />

O príncipe ficou magoado e indignado, e deixando a presença do rei, não mais foi conviva no<br />

festim. Sua alma estava abatida de tristeza, quando, na ocasião aprazada, compareceu ao local em que<br />

Davi saberia das intenções do rei em relação a ele. Caíram ao pescoço um do outro, e choraram<br />

amarguradamente. A negra paixão do rei lançava sombra à vida dos jovens, e seu pesar era <strong>por</strong> demais<br />

intenso para que se pudesse exprimir. As últimas palavras de Jônatas caíram aos ouvidos de Davi, ao<br />

separarem-se eles para seguirem seus caminhos diferentes: “Vai-te em paz. O que nós temos jurado<br />

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