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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

acontecesse para os castigar de seus pecados e mergulhá-los ainda mais na aflição? Reconheciam que<br />

Deus vira seus pecados, e que agora os estava castigando. Jacó estava inquieto, esperando a volta dos<br />

filhos, e à sua chegada todo o acampamento reuniu-se ansiosamente em redor deles enquanto relatavam<br />

ao pai tudo que havia ocorrido. O espanto e a apreensão enchiam todos os corações.<br />

O proceder do governador egípcio parecia implicar algum mau desígnio, e seus temores se<br />

confirmaram, quando ao abrirem os respectivos sacos, o dinheiro do possuidor foi encontrado em cada<br />

um deles. Em sua angústia o idoso pai exclamou: “Tendes-me desfilhado; José já não existe, e Simeão<br />

não está aqui; agora levareis a Benjamim. Todas estas coisas vieram sobre mim.” Rúben respondeu:<br />

“Mata os meus dois filhos, se to não tornar a trazer; dá-mo em minha mão, e to tornarei a trazer.” Este<br />

arrebatado discurso não aliviou o espírito de Jacó. Sua resposta foi: “Não descerá meu filho convosco;<br />

<strong>por</strong>quanto seu irmão é morto, e só ele ficou. Se lhe sucede algum desastre no caminho <strong>por</strong> onde fordes,<br />

faríeis descer minhas cãs com tristeza à sepultura”. Gênesis 42:36-38. Mas a seca continuou, e, com o<br />

correr do tempo, o suprimento de trigo que fora trazido do Egito estava quase esgotado. Os filhos de Jacó<br />

bem sabiam que seria em vão voltar ao Egito sem Benjamim. Tinham pouca esperança de mudar a<br />

resolução de seu pai, e aguardavam o desenlace daquilo em silêncio.<br />

Cada vez mais negra se tornava a sombra da fome que se aproximava; no rosto ansioso de todos<br />

no acampamento, lia o ancião a necessidade deles; e finalmente disse: “Tornai, comprai-nos um pouco<br />

de alimento”. Gênesis 43:2. Judá respondeu: “Fortemente nos protestou aquele varão, dizendo: Não<br />

vereis a minha face, se o vosso irmão não vier convosco. Se enviares conosco o nosso irmão, desceremos,<br />

e te compraremos alimento; mas se não enviares, não desceremos; <strong>por</strong>quanto aquele varão nos disse: Não<br />

vereis a minha face se o vosso irmão não vier convosco”. Gênesis 43:3-5. Vendo que a resolução de seu<br />

pai começava a vacilar, acrescentou: “Envia o mancebo comigo, e levantar-nos-emos, e iremos para que<br />

vivamos, e não morramos, nem nós, nem tu, nem os nossos filhos” (Gênesis 43:8); e se ofereceu como<br />

fiador <strong>por</strong> seu irmão, e para assumir a culpa para sempre se deixasse de restituir Benjamim a seu pai.<br />

Jacó não mais podia recusar o seu consentimento, e determinou a seus filhos que se preparassem<br />

para a viagem. Ordenou-lhes também que levassem ao governador um presente das coisas que o país<br />

devastado pela fome, oferecia: “um pouco de bálsamo, e um pouco de mel, especiarias, mirra, terebinto,<br />

e amêndoas”, bem como uma dobrada <strong>por</strong>ção de dinheiro. “Tomai também a vosso irmão, e levantaivos”,<br />

disse ele, “e voltai àquele varão.” Quando seus filhos estavam para partir para a sua viagem<br />

duvidosa, o idoso pai levantou-se e erguendo as mãos para o Céu, proferiu esta oração: “E Deus todopoderoso<br />

vos dê misericórdia diante do varão, para que deixe vir convosco vosso outro irmão, e<br />

Benjamim; e eu, se for desfilhado, desfilhado ficarei”. Gênesis 43:11, 13, 14.<br />

De novo viajaram ao Egito, e apresentaram-se perante José. Caindo seu olhar sobre Benjamim, o<br />

filho de sua própria mãe, ficou ele profundamente comovido. Ocultou, entretanto, a sua emoção, mas<br />

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