30.09.2016 Views

Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

pelo rei, lhe contassem francamente sua ocupação. Os filhos de Jacó seguiram este conselho, tendo<br />

também o cuidado de declarar que tinham vindo para peregrinar na terra, não para se tornarem habitantes<br />

permanentes ali, reservando assim o direito de partirem, se o quisessem. O rei indicou-lhes uma morada,<br />

oferecida “no melhor da terra” (Gênesis 47:6), o território de Gósen.<br />

Não muito tempo depois de sua chegada, José trouxe também a seu pai para ser apresentado a<br />

Faraó. O patriarca era um estranho nas cortes reais; mas entre as cenas sublimes da natureza tinha tido<br />

comunhão com um Rei mais poderoso; e agora, em uma consciente superioridade, levantou as mãos e<br />

abençoou a Faraó. Em sua primeira saudação a José, Jacó falara como estivesse pronto a morrer, depois<br />

daquele feliz termo à sua longa ansiedade e tristeza. Mas dezessete anos deveriam ainda ser-lhe<br />

concedidos no retiro pacífico de Gósen. Estes anos estiveram em feliz contraste com aqueles que os<br />

precederam. Viu em seus filhos provas de verdadeiro arrependimento; viu sua família rodeada de todas<br />

as condições necessárias ao desenvolvimento de uma grande nação; e sua fé apegou-se à segura promessa<br />

de seu futuro estabelecimento em Canaã. Ele próprio estava cercado de todo o indício de amor e favor<br />

que o primeiro-ministro do Egito poderia conferir; e, feliz na companhia de seu filho durante tanto tempo<br />

perdido, desceu calma e pacificamente à sepultura. Sentindo aproximar-se a morte, mandou chamar José.<br />

Atendo-se ainda firmemente à promessa de Deus relativa à posse de Canaã, disse: “Rogo-te que me não<br />

enterres no Egito, mas que eu jaza com meus pais; <strong>por</strong> isso me levarás do Egito, e me sepultarás na<br />

sepultura deles”. Gênesis 47:29, 30.<br />

José prometeu fazê-lo, mas Jacó não estava satisfeito; exigiu um juramento solene para o de<strong>por</strong> ao<br />

lado de seus pais na cova de Macpela. Outro assunto im<strong>por</strong>tante reclamava atenção; os filhos de José<br />

deveriam ser com as devidas formalidades incluídos entre os filhos de Israel. José, vindo para a última<br />

entrevista com seu pai, trouxe consigo Efraim e Manassés. Estes jovens estavam ligados, <strong>por</strong> sua mãe, à<br />

mais elevada ordem do sacerdócio egípcio; e a posição de seu pai abria-lhes as <strong>por</strong>tas da riqueza e<br />

distinção, caso preferissem eles unir-se aos egípcios. Era, entretanto o desejo de José que eles se unissem<br />

ao seu próprio povo. Manifestou sua fé na promessa do concerto, renunciando em favor de seus filhos<br />

todas as honras que a corte do Egito oferecia, e isto para ter um lugar entre as desprezadas tribos de<br />

pastores, às quais foram confiados os oráculos de Deus. Disse Jacó: “Os teus dois filhos, que te nasceram<br />

na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus; Efraim e Manassés serão meus, como<br />

Rúben e Simeão”. Gênesis 48:5.<br />

Deviam ser adotados como seus, e tornar-se cabeças de tribos distintas. Assim um dos privilégios<br />

da primogenitura, que Rúben havia perdido, recairia em José — uma dupla <strong>por</strong>ção em Israel. A vista de<br />

Jacó estava obscurecida pela idade, e não notara a presença dos moços; agora, <strong>por</strong>ém, percebendo o<br />

contorno de suas formas, disse: “Quem são estes?” Sendo-lhe dito quem eram, acrescentou: “Peço-te,<br />

trazemos aqui, para que os abençoe.” Aproximando-se eles, o patriarca abraçou-os e beijou-os, pondolhes<br />

solenemente as mãos sobre a cabeça, para abençoá-los. Proferiu então esta oração: “O Deus, em cuja<br />

145

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!