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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Acor”, isto é, “perturbação.” No livro das Crônicas está escrita a sua memória: “Acar, o perturbador de<br />

Israel”. 1 Crônicas 2:7.<br />

O pecado de Acã foi cometido em desafio às advertências mais diretas e solenes e às mais<br />

grandiosas manifestações do poder de Deus. “Guardai-vos do anátema, para que vos não metais em<br />

anátema”, tinha sido a proclamação a todo o Israel. A ordem fora dada imediatamente depois da passagem<br />

miraculosa do Jordão, e do reconhecimento do concerto de Deus pela circuncisão do povo — após a<br />

observância da Páscoa, e o aparecimento do Anjo do concerto, o Capitão da hoste do Senhor. A ela se<br />

seguira a subversão de Jericó, dando provas da destruição que certo surpreenderá todos os transgressores<br />

da lei de Deus. O fato de que somente o poder divino dera a vitória a Israel, de que não entraram na posse<br />

de Jericó pela sua própria força, dava um peso solene à ordem que lhes proibia participar dos despojos.<br />

Deus, pelo poder de Sua palavra, vencera aquela fortaleza; a conquista era Sua, e a Ele, unicamente, a<br />

cidade com todas as coisas que nela se continham devia ser devotada.<br />

Dentre os milhões de Israel apenas um homem houve que, naquela hora solene de triunfo e juízo,<br />

ousara transgredir a ordem de Deus. A cobiça de Acã foi despertada à vista daquela custosa capa de<br />

Sinear; mesmo quando ela o levou em face da morte, ele a chamou “uma boa capa babilônica”. Um<br />

pecado arrastara outro, e ele se apropriou do ouro e da prata dedicados ao tesouro do Senhor — roubou<br />

a Deus as primícias da terra de Canaã. O mortal pecado que determinara a ruína de Acã teve suas raízes<br />

na cobiça, um dos mais comuns e mais levianamente considerados dentre todos os pecados. Enquanto<br />

outras faltas são descobertas e castigadas, quão raramente apenas desperta censura a violação do décimo<br />

mandamento. A enormidade deste pecado, e seus terríveis resultados, são a lição da história de Acã.<br />

A cobiça é um mal de desenvolvimento gradual. Acã havia acariciado a avidez ao ganho até que<br />

isto se tornou um hábito,atandoo em grilhões quase impossíveis de quebrar. Enquanto alimentava este<br />

mal, ter-se-ia enchido de horror ao pensamento de acarretar desgraça sobre Israel; mas suas percepções<br />

se amorteceram pelo pecado, e, quando sobreveio a tentação, caiu como fácil presa. Não são ainda<br />

cometidos pecados semelhantes em face de advertências tão solenes e explícitas? Proíbe-se-nos tão<br />

diretamente condescender com a cobiça como a Acã foi proibido apropriar-se dos despojos de Jericó.<br />

Deus declarou ser isto idolatria. Somos advertidos: “Não podeis servir a Deus e a Mamom”. Mateus 6:24.<br />

“Acautelai-vos e guardai-vos da avareza”. Lucas 12:15. “Nem ainda se nomeie entre vós”. Efésios 5:3;<br />

Colossences 3:5. Temos diante de nós a sorte terrível de Acã, de Judas, de Ananias e Safira. Antes de<br />

todos estes, temos a de Lúcifer, aquele “filho da alva”, que, cobiçando mais elevada condição, perdeu<br />

para sempre o brilho e ventura do Céu. E, contudo, apesar de todas essas advertências, impera, de forma<br />

generalizada, a cobiça.<br />

Por toda parte se vê o seu rastro viscoso. Cria o descontentamento e a dissensão nas famílias;<br />

provoca a inveja e ódio dos pobres contra os ricos; inspira a opressão cruel do rico ao pobre. E este mal<br />

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