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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

impediu. Deus dera ao povo água em resposta aos seus clamores, mas permitiu que de sua incredulidade<br />

resultasse seu próprio castigo. Novamente deviam atravessar o deserto e matar sua sede pela fonte<br />

miraculosa, coisa esta de que não mais teriam necessidade caso houvessem confiado nEle.<br />

Em conformidade com isto, as hostes de Israel voltaram novamente para o Sul, e seguiram através<br />

de áridas regiões, que pareciam mesmo mais medonhas depois de um relance aos pontos verdejantes<br />

entre as colinas e vales de Edom. Da cordilheira de montanhas sobranceira a este sombrio deserto, erguese<br />

o monte de Hor, em cujo cimo morreria e seria sepultado Arão. Quando os israelitas chegaram a esta<br />

montanha, foi dirigida a Moisés esta ordem divina: “Toma a Arão e a Eleazar, seu filho, e faze-os subir<br />

ao monte de Hor. E despe a Arão os seus vestidos, e veste-os a Eleazar, seu filho, <strong>por</strong>que Arão será<br />

recolhido, e morrerá ali”. Números 20:25, 26.<br />

Juntos, esses dois anciãos e o jovem afadigaram-se a galgar a altura da montanha. A cabeça de<br />

Moisés e a de Arão estavam brancas com a neve dos cento e vinte invernos. Sua vida longa e cheia de<br />

acontecimentos fora assinalada pelas mais sérias provações e maiores honras que já tocaram <strong>por</strong> sorte ao<br />

homem. Eram homens de grande habilidade natural, e todas as suas capacidades tinham-se desenvolvido,<br />

exaltado, dignificado, pela comunhão com o Ser infinito. Sua vida fora despendida em abnegado trabalho<br />

para Deus e seus semelhantes; seu rosto evidenciava grande capacidade intelectual, firmeza e nobreza de<br />

propósitos, e fortes afeições.<br />

Muitos anos, Moisés e Arão haviam estado ao lado um do outro em seus cuidados e labores. Juntos<br />

tinham lutado com inumeráveis perigos, e juntos participaram de assinaladas bênçãos de Deus; mas perto<br />

estava o tempo em que deviam separar-se. Moviam-se muito vagarosamente, pois cada momento da<br />

companhia mútua era precioso. A subida era íngreme e fatigante; e, como muitas vezes paravam para<br />

descansar, conversavam sobre o passado e o futuro. Diante deles, tanto quanto a vista podia alcançar,<br />

estendia-se o cenário de suas vagueações pelo deserto. Na planície, abaixo, estavam acampadas as vastas<br />

hostes de Israel, pelas quais esses homens escolhidos de Deus haviam despendido a melhor parte de sua<br />

vida; <strong>por</strong> cujo bem-estar haviam sentido tão profundo interesse e feito tão grandes sacrifícios. Algures,<br />

para além das montanhas de Edom, estava o caminho que conduzia à Terra Prometida, terra cujas bênçãos<br />

Moisés e Arão não iriam desfrutar. Nenhum sentimento revoltoso encontrava guarida em seu coração,<br />

expressão alguma de murmuração lhes escapava dos lábios; todavia uma tristeza solene se estampava em<br />

seu rosto, ao lembrarem o que os privara da herança de seus pais.<br />

A obra de Arão em prol de Israel estava concluída. Quarenta anos antes, com a idade de oitenta e<br />

três anos, Deus o chamara para unir-se a Moisés em sua grande e im<strong>por</strong>tante missão. Ele cooperara com<br />

seu irmão, ao tirar do Egito os filhos de Israel. Sustivera as mãos do grande líder quando as hostes<br />

hebréias davam batalha a Amaleque. Fora-lhe permitido subir ao Monte Sinai, aproximar-se da presença<br />

de Deus, e ver a glória divina. O Senhor conferira à família de Arão o ofício do sacerdócio, e o honrara<br />

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