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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

O pajem de armas, que também era homem de fé e oração, in-centivou este plano, e juntos<br />

retiraram-se do acampamento, secretamente, para que não acontecesse encontrar oposição o seu<br />

propósito. Com oração fervorosa ao Guia de seus pais, convieram em um sinal pelo qual poderiam<br />

determinar o que fazer. Descendo então para a garganta que separava os dois exércitos, silenciosamente<br />

seguiram seu caminho, à sombra do rochedo, e ocultos parcialmente pelas pedras e saliências do vale.<br />

Aproximando-se da fortaleza filistéia, ficaram à vista de seus inimigos, que, sarcasticamente, disseram:<br />

“Eis que já os hebreus saíram das cavernas em que se tinham escondido”; então os desafiaram: “Subi a<br />

nós, e nós vo-lo ensinaremos” (1 Samuel 14:11, 12), querendo dizer que puniriam os dois israelitas pela<br />

sua audácia. Este desafio era o sinal que Jônatas e seu companheiro tinham concordado aceitar como<br />

prova de que o Senhor favorecia seu empreendimento. Saindo agora das vistas dos filisteus, e escolhendo<br />

um caminho secreto e difícil, os guerreiros se dirigiram ao cume de uma rocha que tinha sido considerada<br />

inacessível, e não estava mui fortemente guarnecida. Assim penetraram no arraial do inimigo, e mataram<br />

as sentinelas, que, dominadas pela surpresa e temor, não ofereceram resistência.<br />

Anjos celestiais escudavam a Jônatas e seu auxiliar, anjos combatiam ao seu lado, e os filisteus<br />

caíam diante deles. A terra tremia como se uma grande multidão com cavaleiros e carros se estivesse<br />

aproximando. Jônatas reconheceu os sinais do auxílio divino, e mesmo os filisteus viram que Deus estava<br />

agindo para o livramento de Israel. Grande temor apoderou-se do exército, tanto no campo como na<br />

guarnição. Na confusão, tomando seus próprios soldados <strong>por</strong> inimigos, os filisteus começaram a matarse<br />

uns aos outros.<br />

Logo se ouviu o rumor da batalha no acampamento de Israel. As sentinelas do rei referiram que<br />

havia grande confusão entre os filisteus, e que seu número estava decrescendo. Não se sabia, entretanto,<br />

que qualquer parte do exército hebreu houvesse deixado o acampamento. Feita a busca, verificou-se que<br />

ninguém estava ausente a não ser Jônatas e seu pajem de armas. Mas, vendo que os filisteus estavam<br />

sendo repelidos, Saul levou seu exército a unir-se ao assalto. Os hebreus que tinham desertado para o<br />

inimigo voltaram agora contra eles; grande número também saiu de seus esconderijos; e, fugindo os<br />

filisteus, destroçados, o exército de Saul infligiu terrível estrago nos fugitivos.<br />

Decidido a tirar para si as maiores vantagens, o rei temerariamente proibiu a seus soldados tomarem<br />

alimento durante o dia todo, impondo a ordem <strong>por</strong> meio de uma solene imprecação: “Maldito o homem<br />

que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos”. 1 Samuel 14:24. A vitória já havia<br />

sido ganha, sem o conhecimento ou a cooperação de Saul; mas ele esperava distinguir-se pela completa<br />

destruição do exército vencido. A ordem para abstinência de alimento foi motivada pela ambição egoísta,<br />

e mostrou ser o rei indiferente às necessidades de seu povo quando estas estavam em conflito com seus<br />

desejos de exaltação própria. Confirmando esta proibição com um juramento solene, Saul se mostrou<br />

não somente temerário como também profano. As próprias palavras da imprecação dão prova de que o<br />

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