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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

A tremer de espanto e angústia, o velho pai cego soube do engano que havia sido praticado contra<br />

ele. Suas esperanças, prolongada e ternamente acalentadas, tinham-se frustrado, e sentiu profundamente<br />

o desapontamento que deveria sobrevir a seu filho mais velho. Contudo, subitamente passou-lhe pela<br />

mente a convicção de que fora a providência de Deus que frustrara seu propósito e fazendo acontecer o<br />

que ele havia resolvido impedir. Lembrou-se das palavras do anjo a Rebeca, e, apesar do pecado de que<br />

Jacó era agora culpado, viu nele o que em melhores condições estava para cumprir os propósitos de Deus.<br />

Enquanto as palavras de bênçãos estavam em seus lábios, havia ele sentido sobre si o Espírito de<br />

inspiração; e agora, conhecendo todas as circunstâncias, ratificou a bênção involuntariamente<br />

pronunciada sobre Jacó: “Abençoei-o; também será bendito”. Gênesis 27:33.<br />

Esaú havia tido em pouca conta a bênção enquanto esta parecia ao seu alcance, mas desejava<br />

possuí-la agora que a mesma se havia dele retirado para sempre. Toda a força de sua natureza impulsiva<br />

e apaixonada despertou-se, e sua dor e raiva foram terríveis. Clamou com um brado excessivamente<br />

amargo: “Abençoa-me também a mim, meu pai.” “Não reservaste pois para mim bênção alguma?”<br />

Gênesis 27:38, 36. Mas a promessa dada não devia ser revogada. A primogenitura que ele tão<br />

descuidadamente dera em troca, não a poderia readquirir agora. “Por um manjar”, ou seja, <strong>por</strong> uma<br />

satisfação momentânea do apetite, o qual nunca fora restringido, Esaú vendeu sua herança; mas, quando<br />

viu sua loucura, era demasiado tarde para recuperar a bênção. “Não achou lugar de arrependimento, ainda<br />

que com lágrimas o buscou”. Hebreus 12:16, 17. A Esaú não foi excluído o privilégio de buscar o favor<br />

de Deus pelo arrependimento; mas não podia encontrar meios para recuperar a primogenitura. Sua mágoa<br />

não se originava da convicção do pecado; não desejava reconciliar-se com Deus.<br />

Entristecia-se <strong>por</strong> causa dos resultados de seu pecado, mas não pelo próprio pecado. Devido à sua<br />

indiferença para com as bênçãos e preceitos divinos, Esaú é nas Escrituras chamado “profano”. Hebreus<br />

12:16. Representa aqueles que têm em pouco valor a redenção a eles comprada <strong>por</strong> Cristo, e estão prontos<br />

para sacrificar sua herança no Céu <strong>por</strong> amor às coisas perecíveis da Terra. Multidões vivem para o<br />

presente, sem qualquer pensamento ou cuidado pelo futuro. Como Esaú, clamam: “Comamos e bebamos<br />

que amanhã morreremos”. 1 Coríntios 15:32. São governados pela inclinação; e de preferência a praticar<br />

a abnegação renunciam às mais valiosas considerações. No caso em que uma destas coisas deva ser<br />

abandonada — ou a satisfação de um apetite depravado, ou as bênçãos celestiais prometidas somente ao<br />

abnegado e temente a Deus — prevalecem as exigências do apetite, e Deus e o Céu são virtualmente<br />

desprezados. Quantos, mesmo dos professos cristãos, aderem a certas satisfações que são prejudiciais à<br />

saúde, e que embotam as sensibilidades da alma!<br />

Quando se apresenta o dever de se purificarem de toda a imundícia da carne e do espírito,<br />

aperfeiçoando a santidade no temor de Deus, escandalizam-se. Vêem que não podem reter estas nocivas<br />

satisfações e ao mesmo tempo alcançar o Céu; e concluem que, visto ser o caminho da vida eterna tão<br />

estreito, não mais andarão nele. Multidões estão a vender seu direito de primogenitura pela satisfação<br />

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