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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Entrementes foi levado o alarme a Jerusalém, ao rei. Davi despertou-se de súbito, para ver a<br />

rebelião irrompendo junto a seu trono. Seu próprio filho, aquele filho que ele amara e em quem confiara,<br />

estivera a conspirar para lhe tomar a coroa, e sem dúvida para lhe tirar a vida. Em seu grande perigo,<br />

Davi sacudiu a depressão que durante tanto tempo sobre ele repousava, e com o espírito de seus primeiros<br />

anos preparou-se para enfrentar esta terrível emergência. Absalão estava arregimentando suas forças, em<br />

Hebrom, afastada apenas trinta quilômetros. Os rebeldes logo estariam às <strong>por</strong>tas de Jerusalém.<br />

De seu palácio,Davi olhava para a sua capital — formosa de sítio, e “alegria de toda a Terra, [...] a<br />

cidade do grande Rei”. Salmos 48:2. Estremecia ao pensamento de expô-la à carnificina e devastação.<br />

Deveria chamar em seu auxílio os súditos ainda fiéis ao seu trono, e assumir posição para manter sua<br />

capital? Deveria permitir que Jerusalém fosse inundada de sangue? Sua decisão estava tomada. Os<br />

horrores da guerra não deveriam recair sobre a cidade escolhida. Ele sairia de Jerusalém, e então provaria<br />

a fidelidade de seu povo, dando-lhes o<strong>por</strong>tunidade para se arregimentarem em seu apoio. Nesta grande<br />

crise, era seu dever a Deus e a seu povo manter a autoridade de que o Céu o investira. O desenlace do<br />

conflito ele confiaria a Deus.<br />

Com humildade e tristeza, Davi saiu pela <strong>por</strong>ta de Jerusalém, repelido de seu trono, de seu palácio,<br />

da arca de Deus, pela insurreição de seu querido filho. O povo acompanhou-o em um séquito longo e<br />

triste, semelhante a um cortejo fúnebre. A guarda pessoal de Davi, constituída pelos quereteus, peleteus,<br />

e <strong>por</strong> seiscentos geteus de Gate, sob o comando de Itai, acompanhou o rei. Mas Davi, com sua abnegação<br />

característica, não pôde consentir que esses estrangeiros que tinham procurado sua proteção se<br />

envolvessem em sua calamidade. Exprimiu surpresa de que estivessem dispostos a fazer tal sacrifício <strong>por</strong><br />

ele. Então disse o rei a Itai, o geteu: “Por que irias tu também conosco? Volta, e fica-te com o rei, <strong>por</strong>que<br />

estranho és, e também te tornarás a teu lugar. Ontem vieste, e te levaria eu hoje conosco a caminhar?<br />

Pois força me é ir aonde quer que puder ir; volta, pois, e torna a levar teus irmãos contigo, com<br />

beneficência e fidelidade.”<br />

Itai respondeu: “Vive o Senhor, e vive o rei meu senhor, que no lugar em que estiver o rei meu<br />

senhor, seja para morte seja para vida, aí certamente estará também o teu servidor.” Estes homens tinhamse<br />

convertido do paganismo ao culto de Jeová, e nobremente provaram agora sua fidelidade a seu Deus<br />

e a seu rei. Davi, com coração grato, aceitou a dedicação deles à sua causa, que aparentemente ia abaixo,<br />

e todos passaram o ribeiro de Cedrom, a caminho do deserto. De novo o cortejo parou. Um grupo trajado<br />

de vestes santas vinha se aproximando. “Eis que também Zadoque ali estava, e com ele todos os levitas<br />

que levavam a arca do concerto de Deus”. 2 Samuel 15:19-21, 24. Os seguidores de Davi olharam para<br />

isto como um feliz sinal. A presença daquele símbolo sagrado era para eles um penhor de seu livramento<br />

e vitória final. Infundiria coragem ao povo para que se arregimentasse junto ao rei. A ausência da mesma<br />

em Jerusalém acarretaria terror aos partidários de Absalão.<br />

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