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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

os tratasse de acordo com seus méritos, não os deixaria à vingança das nações circunvizinhas? Enquanto<br />

Jacó estava assim prostrado com a angústia, o Senhor ordenou-lhe que viajasse para o sul, a Betel.<br />

A lembrança deste lugar recordava ao patriarca não somente a sua visão dos anjos, e as<br />

misericordiosas promessas de Deus, mas também o voto que ali fizera, de que o Senhor deveria ser o seu<br />

Deus. Decidiu que antes de ir a esse lugar sagrado, sua casa deveria estar livre da contaminação da<br />

idolatria. Deu, <strong>por</strong>tanto, instruções a todos no acampamento: “Tirai os deuses estranhos, que há no meio<br />

de vós, e purificai-vos, e mudai os vossos vestidos. E levantemo-nos, e subamos a Betel; e ali farei um<br />

altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho que tenho<br />

andado”. Gênesis 35:2, 3. Com profunda emoção Jacó repetiu a história de sua primeira visita a Betel,<br />

quando deixou a tenda de seu pai como um errante solitário, fugindo para salvar a vida, e como o Senhor<br />

lhe apareceu na visão noturna.<br />

Revendo ele o trato maravilhoso de Deus para consigo, seu próprio coração se enterneceu, seus<br />

filhos também foram tocados <strong>por</strong> um poder que os constrangia; ele lançara mão do meio mais eficaz para<br />

os preparar a fim de tomarem parte no culto de Deus quando chegassem a Betel. “Então deram a Jacó<br />

todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó<br />

os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém”. Gênesis 35:4. Deus fizera com que um temor<br />

caísse sobre os habitantes da terra, de modo que não fizessem tentativa alguma para vingarem o<br />

morticínio de Siquém. Os viajantes chegaram a Betel sem serem molestados. Ali o Senhor apareceu de<br />

novo a Jacó, e renovou-lhe a promessa do concerto. “E Jacó pôs uma coluna no lugar onde falara com<br />

Ele, uma coluna de pedra”. Gênesis 35:14.<br />

Em Betel, Jacó veio a chorar a perda de uma pessoa que durante muito tempo fora um membro<br />

honrado na família de seu pai — Débora, a ama de Rebeca, que havia acompanhado a sua senhora, da<br />

Mesopotâmia à terra de Canaã. A presença dessa mulher idosa fora para Jacó um laço precioso que o<br />

ligava à sua vida primitiva, e especialmente à mãe cujo amor para com ele havia sido tão forte e terno.<br />

Débora foi sepultada com expressões de tão grande tristeza que o carvalho, sob o qual sua sepultura foi<br />

feita, foi chamado “carvalho de pranto”. Não deveria passar despercebido que a memória de sua vida de<br />

fiel serviço, e do pranto <strong>por</strong> esta amiga da casa, foi tida <strong>por</strong> digna de ser preservada na Palavra de Deus.<br />

De Betel havia apenas dois dias de viagem para Hebrom; mas esta viagem trouxe a Jacó uma severa<br />

dor pela morte de Raquel. Duas vezes o serviço de sete anos prestara ele <strong>por</strong> amor a ela, e seu amor<br />

tornara leve o trabalho. Quão profundo e constante foi aquele amor, revelou-se quando, muito mais tarde,<br />

achando-se Jacó no Egito, no leito, próximo de sua morte, José veio visitar o pai, e o idoso patriarca,<br />

lançando um olhar à sua vida passada, disse: “Vindo pois eu de Padã, me morreu Raquel na terra de<br />

Canaã, no caminho, quando ainda ficava um pequeno espaço de terra para vir a Efrata; e eu a sepultei<br />

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