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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

desprezado, e assim destruiria o seu poder para fazer bem a seus semelhantes. Poderia ter alegado que a<br />

idade o dispensaria da obediência. Mas o patriarca não procurou refúgio em qualquer dessas desculpas.<br />

Abraão era humano; suas paixões e afeições eram semelhantes às nossas; mas não se deteve a discutir<br />

como a promessa poderia cumprir-se caso Isaque fosse morto. Não se deteve a arrazoar com o seu coração<br />

dolorido. Sabia que Deus é justo e reto em todas as Suas reivindicações, e à risca obedeceu à ordem.<br />

“E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.”<br />

Tiago 2:23. E Paulo diz: “Os que são da fé são filhos de Abraão”. Gálatas 3:7. Mas a fé de Abraão foi<br />

manifesta pelas suas obras. “O nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre<br />

o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi<br />

aperfeiçoada.” Tiago 2:21, 22. Há muitos que não podem compreender a relação da fé com as obras.<br />

Dizem eles: “Crê apenas em Cristo, e estás salvo. Nada tens que ver com a guarda da lei.” Mas a fé<br />

genuína se manifestará pela obediência. Disse Cristo aos judeus incrédulos: “Se fôsseis filhos de Abraão,<br />

faríeis as obras de Abraão”. João 8:39. E, com relação ao pai dos fiéis, declara o Senhor: “Abraão<br />

obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas<br />

leis”. Gênesis 26:5. Diz o apóstolo Tiago: “A fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” Tiago 2:17.<br />

E João, que tão amplamente se ocupa com o amor, diz-nos: “Este é o amor de Deus: que guardemos os<br />

Seus mandamentos”. 1 João 5:3.<br />

Por símbolos e <strong>por</strong> promessas, Deus “anunciou primeiro o evangelho a Abraão”. Gálatas 3:8. E a<br />

fé do patriarca fixou-se no Redentor vindouro. Disse Cristo aos judeus: “Abraão, vosso pai, exultou <strong>por</strong><br />

ver o Meu dia, e viu-o, e alegrou-se”. João 8:56. O carneiro oferecido em lugar de Isaque representava o<br />

Filho de Deus, que seria sacrificado em nosso lugar. Quando o homem foi condenado à morte pela<br />

transgressão da lei de Deus, o Pai, olhando para o Filho, disse ao pecador: “Vive, Eu achei um resgate.”<br />

Foi para impressionar o espírito de Abraão com a realidade do evangelho, bem como para lhe<br />

provar a fé, que Deus o mandou matar seu filho. A angústia que ele sofreu durante os dias tenebrosos<br />

daquela terrível prova, foi permitida para que compreendesse <strong>por</strong> sua própria experiência algo da<br />

grandeza do sacrifício feito pelo infinito Deus para a redenção do homem. Nenhuma outra prova poderia<br />

ter causado a Abraão tal tortura de alma, como fez a oferta de seu filho. Deus deu Seu Filho a uma morte<br />

de angústia e ignomínia. Aos anjos que testemunharam a humilhação e angústia de alma do Filho de<br />

Deus, não foi permitido intervirem, como no caso de Isaque. Não houve nenhuma voz a clamar: “Basta.”<br />

A fim de salvar a raça decaída, o Rei da glória rendeu a vida. Que prova mais forte se pode dar da infinita<br />

compaixão e amor de Deus? “Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou <strong>por</strong><br />

todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?” Romanos 8:32.<br />

O sacrifício exigido de Abraão não foi somente para seu próprio bem, nem apenas para o benefício<br />

das gerações que se seguiram; mas também foi para instrução dos seres destituídos de pecado, no Céu e<br />

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