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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Capítulo 19 — A Volta para Canaã<br />

Este capítulo é baseado em Gênesis 34; 35, 37.<br />

Atravessando o Jordão, “chegou Jacó salvo à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã”.<br />

Gênesis 33:18. Assim, a oração do patriarca em Betel, para que Deus o trouxesse novamente em paz à<br />

sua terra, fora deferida. Durante algum tempo ele habitou no vale de Siquém. Foi aqui que Abraão, mais<br />

de cem anos antes, fizera seu primeiro acampamento, e construíra seu primeiro altar, na terra da<br />

promessa. Ali Jacó “comprou uma parte do campo em que estendera a sua tenda, da mão dos filhos de<br />

Hamor, pai de Siquém, <strong>por</strong> cem peças de dinheiro. E levantou ali um altar, e chamou-o Deus, o Deus de<br />

Israel”. Gênesis 33:19, 20. Como Abraão, Jacó erguera ao lado de sua tenda um altar ao Senhor,<br />

convocando os membros de sua casa para o sacrifício da manhã e da tarde. Foi ali também que ele cavou<br />

o poço, ao qual, dezessete séculos mais tarde, veio o Filho de Jacó, o Salvador, e ao lado do qual,<br />

descansando durante o calor do dia, falou aos Seus ouvintes maravilhados daquela “fonte d’água que<br />

salte para a vida eterna”. João 4:14. A permanência de Jacó e seus filhos em Siquém terminou em<br />

violência e mortandade. A única filha da casa fora levada ao opróbrio e tristeza; dois irmãos ficaram<br />

envolvidos no crime de assassínio; uma cidade inteira fora entregue à ruína e morticínio, em represália<br />

da ação ilegal de um jovem temerário.<br />

O princípio que determinara resultados tão terríveis foi o ato da filha de Jacó, a qual “saiu” a “ver<br />

as filhas da terra” (Gênesis 34), arriscando-se desta maneira à camaradagem com os ímpios. Aquele que<br />

procura prazeres entre os que não temem a Deus, está a colocar-se no terreno de Satanás, e a convidar<br />

suas tentações. A crueldade traiçoeira de Simeão e Levi não foi sem provocação; contudo, em sua conduta<br />

para com os siquemitas cometeram um grave pecado. Haviam cuidadosamente ocultado a Jacó suas<br />

intenções, e a notícia de sua vingança encheu-o de horror. Com o coração magoado pelo engano e<br />

violência de seus filhos, ele apenas disse: “Tendes-me turbado, fazendo-me cheirar mal entre os<br />

moradores desta terra, [...] sendo eu pouco povo em número; ajuntar-se-ão, e ficarei destruído, eu e minha<br />

casa.”<br />

Mas a dor e a aversão com que ele olhou para o seu ato sanguinolento, são reveladas pelas palavras<br />

com que, quase cinqüenta anos mais tarde, ele se referiu àquele ato, enquanto jazia em seu leito de morte,<br />

no Egito: “Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência. No seu secreto<br />

conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte. [...] Maldito seja o<br />

seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura”. Gênesis 49:5-7. Jacó entendeu que havia motivo para<br />

uma profunda humilhação. Crueldade e falsidade se manifestaram no caráter de seus filhos. Havia deuses<br />

falsos no acampamento, e a idolatria tinha até certo ponto ganho terreno mesmo em sua casa. Se o Senhor<br />

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