30.09.2016 Views

Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Capítulo 55 — O Menino Samuel<br />

Este capítulo é baseado em 1 Samuel 1; 2:1-11.<br />

Elcana, levita do Monte Efraim, era homem de riqueza e influência, e um dos que amavam e<br />

temiam ao Senhor. Sua esposa, Ana, era mulher de piedade fervorosa. Meiga e humilde, distinguia-se o<br />

seu caráter <strong>por</strong> um grande ardor e fé elevada. A bênção tão ansiosamente buscada <strong>por</strong> todo hebreu era<br />

negada a este bom casal; seu lar não se alegrava com vozes infantis; e o desejo de perpetuar seu nome<br />

levou o esposo — assim como já havia levado muitos outros — a contrair um segundo casamento. Mas<br />

este passo, motivado pela falta de fé em Deus, não trouxe felicidade. Filhos e filhas foram acrescentados<br />

à casa; mas a alegria e beleza da sagrada instituição de Deus foram mareadas, e interrompera-se a paz da<br />

família. Penina, a nova esposa, era ciumenta e dotada de espírito estreito, e conduzia-se com orgulho e<br />

insolência. Para Ana, parecia a esperança estar destruída, e ser a vida um fardo pesado; enfrentou,<br />

todavia, a prova com resignada mansidão.<br />

Elcana observava fielmente as ordenanças de Deus. O culto em Siló ainda era mantido; mas, <strong>por</strong><br />

causa de irregularidades no ministério, os serviços dele, Elcana, não eram exigidos no santuário, a que,<br />

sendo ele levita, deveria comparecer. Contudo subia com sua família para adorar e sacrificar, <strong>por</strong> ocasião<br />

das reuniões regulares. Mesmo entre as solenidades sagradas ligadas ao serviço de Deus, intrometia-se o<br />

mau espírito que lhe infelicitara o lar. Depois de apresentarem as ofertas em ações de graças, toda a<br />

família, segundo o costume estabelecido, unia-se em uma festa solene mas prazenteira. Em tais ocasiões<br />

Elcana dava à mãe de seus filhos uma <strong>por</strong>ção, para ela e para cada um dos filhos e filhas; e em sinal de<br />

atenção para com Ana dava-lhe <strong>por</strong>ção dupla, significando que sua afeição <strong>por</strong> ela era a mesma como se<br />

ela tivesse um filho. Então a segunda esposa, ardendo em ciúmes, reclamava a preferência, como sendo<br />

ela altamente favorecida <strong>por</strong> Deus, e escarnecia de Ana em sua condição de mulher destituída de filhos<br />

como prova do desagrado do Senhor. Isto se repetia de ano em ano, até que Ana não mais o pôde su<strong>por</strong>tar.<br />

Incapaz de ocultar sua mágoa, chorou sem constrangimento, e retirou-se da festa. Seu marido em vão a<br />

procurou consolar. “Por que choras? e <strong>por</strong> que não comes? e <strong>por</strong> que está mal o teu coração?” disse ele;<br />

“não te sou eu melhor do que dez filhos?”<br />

Ana não proferiu censura alguma. O fardo que ela não podia repartir com amigo algum terrestre,<br />

lançou-o sobre Deus. Ansiosamente rogou que lhe tirasse a ignomínia, e lhe concedesse o precioso dom<br />

de um filho para o criar e educar para Ele. E fez um voto solene de que, se seu pedido fosse satisfeito,<br />

dedicaria o filho a Deus, mesmo desde o seu nascimento. Ana tinha-se aproximado da entrada do<br />

tabernáculo, e na angústia de seu espírito “orou, e chorou abundantemente”. Contudo, entretinha em<br />

silêncio comunhão com Deus, não proferindo nenhuma palavra. Naqueles tempos ruins, tais cenas de<br />

adoração eram raramente testemunhadas. Festins irreverentes, e mesmo embriaguez, eram coisas<br />

381

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!