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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

A unção de Saul como rei não fora levada ao conhecimento da nação. A escolha de Deus deveria<br />

ser publicamente manifesta <strong>por</strong> meio de sorte. Para tal fim Samuel convocou o povo de Mispa. Foi feita<br />

oração rogando-se guia divina; então seguiu-se a solene cerimônia de lançar a sorte. Em silêncio a<br />

multidão congregada aguardava o resultado. A tribo, a família e a casa foram sucessivamente designadas,<br />

e então Saul, o filho de Quis, foi indicado como o indivíduo escolhido. Mas Saul não estava na<br />

assembléia. Oprimido com uma intuição da grande responsabilidade prestes a cair sobre ele, retirara-se<br />

secretamente. Foi de novo trazido à congregação, que observou com orgulho e satisfação ter ele <strong>por</strong>te<br />

real e formas nobres, sendo “mais alto do que todo o povo desde o ombro para cima”. Mesmo Samuel,<br />

quando o apresentou à assembléia, exclamou: “Vedes já a quem o Senhor tem elegido? pois em todo o<br />

povo não há nenhum semelhante a ele.” E em resposta surgiu da vasta multidão uma demorada e ruidosa<br />

aclamação de alegria: “Viva o rei!”<br />

Samuel então expôs ao povo “o direito do reino” (1 Samuel 10:23-25), declarando os princípios<br />

sobre os quais o governo monárquico se baseava, e pelos quais cumpria ser dirigido. O rei não deveria<br />

agir de forma absoluta, mas conservar seu poder em sujeição à vontade do Altíssimo. Este discurso foi<br />

registrado em um livro, no qual se estabeleciam as prerrogativas do príncipe e os direitos e privilégios<br />

do povo. Embora a nação houvesse desprezado a advertência de Samuel, o fiel profeta — conquanto<br />

forçado a ceder aos seus desejos — ainda se esforçou tanto quanto possível para acautelar as suas<br />

liberdades.<br />

Ao mesmo tempo em que o povo em geral estava pronto para reconhecer a Saul como seu rei, havia<br />

um grande partido em oposição. Ser escolhido um rei de Benjamim, a menor das tribos de Israel, e isto<br />

em detrimento tanto de Judá como de Efraim, as maiores e mais poderosas — era uma indiferença que<br />

não podiam tolerar. Recusaram-se a declarar submissão a Saul, ou trazer-lhe os presentes costumeiros.<br />

Os que foram os mais insistentes em seu pedido para terem um rei, eram os mesmos que se recusavam<br />

aceitar com gratidão o homem indicado <strong>por</strong> Deus. Os membros de cada facção tinham seu favorito, que<br />

desejavam ver colocado sobre o trono; e vários dentre os chefes haviam desejado a honra para si. A inveja<br />

e a desconfiança ardiam no coração de muitos. Os esforços do orgulho e da ambição haviam resultado<br />

na decepção e no desencanto.<br />

Nesse estado de coisas, Saul não achou conveniente assumir a dignidade real. Deixando que<br />

Samuel administrasse o governo, como anteriormente, voltou a Gibeá. Foi honrosamente escoltado para<br />

ali <strong>por</strong> uma multidão, que, vendo a escolha divina em sua seleção, estava decidida a apoiá-lo. Mas ele<br />

não fez tentativas para manter pela força seu direito ao trono. Em seu lar, entre as terras altas de<br />

Benjamim, pacificamente ocupou-se com os deveres de lavrador, deixando inteiramente a Deus o<br />

estabelecimento de sua autoridade.<br />

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