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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

de graças a Deus. Nestas ofertas apenas a gordura devia ser queimada no altar; certa <strong>por</strong>ção especificada<br />

era reservada aos sacerdotes, mas a maior parte era devolvida ao ofertante, para ser <strong>por</strong> ele e seus amigos<br />

comida em uma festa sacrifical. Assim todos os corações deveriam ser com gratidão e fé encaminhados<br />

ao grande Sacrifício que deveria tirar o pecado do mundo.<br />

Os filhos de Eli, em vez de se compenetrarem da solenidade deste serviço simbólico, apenas<br />

pensavam como poderiam dele fazer o meio para a satisfação própria. Não contentes com a parte que<br />

lhes tocava das ofertas pacíficas, exigiam uma <strong>por</strong>ção adicional; e o grande número desses sacrifícios<br />

apresentados nas festas anuais dava aos sacerdotes o<strong>por</strong>tunidade de se enriquecerem, à custa do povo.<br />

Não somente reclamavam mais daquilo a que tinham direito, mas recusavam-se mesmo a esperar até que<br />

a gordura estivesse queimada como oferta a Deus. Persistiam em reclamar qualquer <strong>por</strong>ção que lhes<br />

agradasse, e, sendo-lhes negada, ameaçavam tomála pela violência.<br />

A irreverência <strong>por</strong> parte dos sacerdotes logo despojou o serviço de sua significação santa e solene,<br />

e o povo “desprezava a oferta do Senhor”. 1 Samuel 2:12-36. O grande sacrifício antitípico para o qual<br />

deveriam olhar em antecipação, não mais era reconhecido. “Era pois muito grande o pecado destes<br />

mancebos perante o Senhor.” Esses sacerdotes infiéis também transgrediam a lei de Deus e desonravam<br />

o ofício sagrado pelas suas práticas vis e degradantes; todavia, continuavam a poluir com sua presença o<br />

tabernáculo de Deus. Muitos dentre o povo, cheios de indignação ante o corrupto procedimento de Hofni<br />

e Finéias, deixaram de subir ao lugar designado para o culto. Assim o serviço que Deus ordenara era<br />

desprezado e negligenciado <strong>por</strong>que se achava ligado com os pecados de homens ímpios, ao mesmo tempo<br />

em que aqueles cujo coração era inclinado ao mal se tornavam audazes no pecado. A impiedade, a<br />

dissolução, e mesmo a idolatria, prevaleciam em terrível extensão.<br />

Eli tinha errado grandemente em permitir que seus filhos ministrassem no ofício santo.<br />

Desculpando a sua conduta, sob um pretexto ou outro, tornou-se cego aos seus pecados; mas chegaram<br />

afinal a um ponto em que não mais ele podia cerrar os olhos aos crimes dos filhos. O povo se queixava<br />

das suas ações violentas, e o sumo sacerdote ficou pesaroso e angustiado. Não ousou permanecer em<br />

silêncio <strong>por</strong> mais tempo. Mas seus filhos haviam crescido sem a idéia de consideração para com qualquer<br />

pessoa a não ser para consigo mesmos; e agora não se preocupavam com quem quer que fosse. Viam a<br />

mágoa do pai, mas seus duros corações não se comoviam. Ouviam-lhe as brandas admoestações, mas<br />

não se impressionavam, tampouco modificavam sua má conduta, embora advertidos das conseqüências<br />

de seu pecado. Se Eli houvesse tratado com justiça seus ímpios filhos, teriam sido rejeitados do ofício<br />

sacerdotal, e punidos de morte. Temendo assim trazer a ignomínia e a condenação pública a seus filhos,<br />

manteve-os nos mais sagrados cargos de confiança. Permitiu também que misturassem sua corrupção<br />

com o santo serviço de Deus, e infligissem à causa da verdade um dano que os anos não poderiam apagar.<br />

Quando, <strong>por</strong>ém, o juiz de Israel negligenciou sua obra, Deus tomou a questão em Suas mãos.<br />

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