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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

marcha, quando finalmente a nuvem deu sinal para prosseguir. Jeová operara prodígios, tirando-os do<br />

Egito; e que bênçãos não poderiam eles esperar, agora que haviam solenemente pactuado aceitá-Lo como<br />

seu Soberano, e sido reconhecidos como o povo escolhido do Altíssimo?<br />

Todavia foi com quase relutância que muitos deixaram o lugar em que <strong>por</strong> tanto tempo estiveram<br />

acampados. Tinham vindo quase a considerá-lo como sua morada. Dentro do abrigo daquelas rochas,<br />

Deus reunira Seu povo, separados de todas as outras nações, a fim de lhes declarar Sua santa lei.<br />

Gostavam de olhar para o monte sagrado, em cujos picos esbranquiçados e áridas saliências tantas vezes<br />

se mostrara a glória divina. O cenário estava tão intimamente associado com a presença de Deus e dos<br />

santos anjos, que parecia demasiado sagrado para que fosse deixado com indiferença, ou mesmo<br />

alegremente. Ao sinal das trombetas, contudo, o acampamento todo se pôs em marcha, sendo o<br />

tabernáculo carregado ao centro, e estando cada tribo na sua designada posição, sob a sua própria<br />

bandeira.<br />

Todos os olhares estavam volvidos ansiosamente para ver em que direção a nuvem seguiria.<br />

Quando ela se moveu em direção ao Oriente, onde apenas havia aglomerações montanhosas, negras e<br />

desoladas, um sentimento de tristeza e dúvida surgiu em muitos corações. Avançando eles, o caminho se<br />

tornou mais difícil. Seu percurso estendia-se através de barrancos e desolação estéril. Tudo em redor<br />

deles era o grande deserto — “terra de charnecas e de covas”, “terra de sequidão e sombra de morte”,<br />

“terra em que ninguém transitava, e na qual não morava homem algum”. Jeremias 2:6. As gargantas de<br />

pedra, de longe e de perto, estavam repletas de homens, mulheres e crianças, com animais e carros, e<br />

longas fileiras de rebanhos e gado. Sua marcha era necessariamente lenta e trabalhosa; e as multidões,<br />

depois de seu longo acampamento, não estavam preparadas para su<strong>por</strong>tar os perigos e incômodos do<br />

caminho.<br />

Depois de três dias de viagem, ouviram-se francas queixas. Estas se originaram com a mistura de<br />

gente, muitos dentre a qual não se achavam unidos completamente com Israel e estavam continuamente<br />

a espreitar qualquer motivo de censura. Os queixosos não se agradavam com a direção da marcha, e<br />

estavam continuamente a achar defeito no modo como Moisés os estava a guiar, embora bem soubessem<br />

que ele, assim como todos, estavam seguindo a nuvem que os guiava. O descontentamento é contagioso,<br />

e logo espalhou-se pelo arraial.<br />

Novamente começaram a clamar pedindo carne para comer. Se bem que abundantemente supridos<br />

de maná, não estavam satisfeitos. Os israelitas, durante seu cativeiro no Egito, tinham sido compelidos a<br />

passar com o mais trivial e simples alimento; mas o bom apetite provocado pela privação e árduo trabalho<br />

tornava-o saboroso. Muitos dos egípcios, entretanto, que agora se achavam entre eles, tinham estado<br />

acostumados a regime farto; e estes foram os primeiros a queixar-se. Ao dar o maná, precisamente antes<br />

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