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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

tornaremos a vós”. Gênesis 22:58. A lenha foi posta sobre Isaque, aquele que seria oferecido; o pai tomou<br />

a faca e o fogo, e, juntos, subiram para o cume da montanha, considerando o jovem em silêncio de onde<br />

deveria vir a oferta, tão longe de apriscos e rebanhos. Finalmente falou: “Meu pai”, “eis aqui o fogo e a<br />

lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Oh, que prova foi esta! Quanto as carinhosas palavras<br />

— “meu pai”, feriram o coração de Abraão! Ele não lhe poderia dizer <strong>por</strong> enquanto. “Deus proverá para<br />

Si o cordeiro para o holocausto, meu filho” (Gênesis 22:8), disse ele.<br />

No lugar indicado construíram o altar, e sobre o mesmo colocaram a lenha. Então, com voz trêmula,<br />

Abraão desvendou a seu filho a mensagem divina. Foi com terror e espanto que Isaque soube de sua<br />

sorte; mas não opôs resistência. Poderia escapar deste destino, se o houvesse preferido fazer; o ancião,<br />

ferido de pesares, exausto com as lutas daqueles três dias terríveis, não poderia ter-se oposto à vontade<br />

do vigoroso jovem. Isaque, <strong>por</strong>ém, tinha sido educado desde a meninice a uma obediência pronta e<br />

confiante, e, ao ser o propósito de Deus manifesto perante ele, entregou-se com voluntária submissão.<br />

Era participante da fé de Abraão, e sentia-se honrado sendo chamado a dar a vida em oferta a Deus. Com<br />

ternura procurou aliviar a dor do pai, e auxiliou-lhe as mãos desfalecidas a amarrarem as cordas que o<br />

prendiam ao altar.<br />

E agora as últimas palavras de amor são proferidas, as últimas lágrimas derramadas, o último<br />

abraço dado. O pai levanta o cutelo para matar o filho, quando o braço subitamente lhe é detido. Um anjo<br />

de Deus chama do Céu o patriarca: “Abraão, Abraão!” Ele rapidamente responde: “Eis-me aqui.” E de<br />

novo se ouve a voz: “Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; <strong>por</strong>quanto agora sei<br />

que temes a Deus, e não Me negaste o teu filho, o teu único”. Gênesis 22:11-18.<br />

Então Abraão viu “um carneiro detrás dele, travado pelas suas pontas num mato”, e prontamente<br />

trazendo a nova vítima, ofereceu-a “em lugar de seu filho”. Em sua alegria e gratidão, Abraão deu um<br />

novo nome ao lugar sagrado — “Jeová-jire”, “o Senhor proverá”. Gênesis 22:14. No Monte Moriá Deus<br />

outra vez renovou Seu concerto, confirmando com juramento solene a bênção a Abraão e sua semente,<br />

<strong>por</strong> todas as gerações vindouras: “Por Mim mesmo, jurei, diz o Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e<br />

não Me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a<br />

tua semente como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua semente possuirá<br />

a <strong>por</strong>ta dos seus inimigos; e em tua semente serão benditas todas as nações da Terra; <strong>por</strong>quanto<br />

obedeceste à Minha voz.”<br />

O grande ato de fé, de Abraão, permanece como uma coluna de luz, iluminando o caminho dos<br />

servos de Deus em todos os séculos subseqüentes. Abraão não procurou esquivar-se de fazer a vontade<br />

de Deus. Durante aquela viagem de três dias, ele teve tempo suficiente para raciocinar, e para duvidar de<br />

Deus se estivesse disposto a isto. Poderia ter raciocinado que o tirar a vida a seu filho fá-lo-ia ser<br />

considerado como um homicida, um segundo Caim; que isto faria com que seu ensino fosse rejeitado e<br />

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