30.09.2016 Views

Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

com o pensamento de aliviar a ansiedade do pai, e encontrar os irmãos, a quem, apesar de sua maldade,<br />

ainda amava. Seus irmãos viram-no aproximar-se; <strong>por</strong>ém nenhum pensamento da longa viagem que<br />

fizera para os encontrar, de seu cansaço e fome, do direito à sua hospitalidade e amor fraternal, abrandou<br />

a amargura de seu ódio. A vista da capa, sinal do amor de seu pai, encheu-os de agitação. “Eis lá vem o<br />

sonhador-mor!” (Gênesis 37:19) exclamaram zombeteiramente.<br />

A inveja e a vingança, durante muito tempo secretamente acalentadas, agora os dominavam.<br />

“Matemo-lo”, disseram, “e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma besta fera o comeu; e veremos<br />

que será dos seus sonhos”. Gênesis 37:20. Teriam executado seu intento, se não fora Rúben. Ele se negou<br />

a participar do assassínio de seu irmão, e propôs que José fosse lançado vivo em uma cova, e ali deixado<br />

a perecer, sendo, entretanto, seu intuito secreto, livrá-lo, e devolvê-lo ao pai. Tendo persuadido todos a<br />

consentirem neste plano, Rúben deixou o grupo, receando que não pudesse dominar seus sentimentos, e<br />

fossem descobertas suas verdadeiras intenções. José chegou, sem suspeitar do perigo, e alegre de que o<br />

objetivo de sua longa pesquisa estivesse cumprido; mas em vez da esperada saudação aterrorizou-se pela<br />

ira e olhares vingativos que encontrou.<br />

Agarraram-no e tiraram-lhe a capa. Zombarias e ameaças revelavam um propósito mortal. Seus<br />

rogos não foram atendidos. Estava inteiramente em poder daqueles homens enfurecidos. Arrastando-o<br />

rudemente para uma profunda cova, lançaram-no ali, e, tendo-se certificado de que não havia<br />

possibilidade de escapar, deixaram-no para perecer de fome, enquanto “assentaram-se a comer pão”.<br />

Gênesis 37:25. Alguns deles, <strong>por</strong>ém, não estavam à vontade, não sentiam a satisfação que tinham tido<br />

em perspectiva pela sua vingança. Logo foi visto a aproximar-se um grupo de viajantes. Era uma caravana<br />

de ismaelitas de além Jordão, a caminho para o Egito, com especiarias e outras mercadorias. Judá propôs<br />

então vender seu irmão àqueles mercadores gentios, em vez de o deixar a morrer. Ao mesmo tempo em<br />

que ele seria eficazmente posto fora de seu caminho, permaneceriam limpos de seu sangue; “<strong>por</strong>que”,<br />

insistiu, “ele é nosso irmão, nossa carne”. Gênesis 37:27. Com essa proposta todos concordaram, e José<br />

foi rapidamente tirado da cova. Ao ver ele os mercadores, a terrível verdade passou como relâmpago <strong>por</strong><br />

seu espírito.<br />

Tornar-se escravo era uma sorte para se temer mais do que a morte. Na aflição do terror apelou<br />

para um e outro de seus irmãos, mas em vão. Alguns foram movidos de dó, mas o medo de caçoada<br />

conservou-os em silêncio; todos achavam que haviam então ido longe demais para desistirem. Se José<br />

fosse poupado, sem dúvida relataria o feito deles ao pai, que não deixaria de tomar em consideração a<br />

sua crueldade para com o filho predileto. Empedernindo o coração aos seus rogos, entregaram-no às<br />

mãos dos mercadores gentios. A caravana prosseguiu, e logo perdeu-se de vista. Rúben voltou ao fosso,<br />

mas José ali não estava.<br />

129

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!