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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Voltando à sua tenda, foi ao lugar em que Isaque, deitado, dormia o sono profundo, calmo, da<br />

juventude e inocência. Por um momento o pai olhou para o rosto querido do filho; voltou então a tremer.<br />

Foi ao lado de Sara, que também estava a dormir. Deveria despertá-la, para que mais uma vez pudesse<br />

abraçar o filho? Deveria falar-lhe do mandado de Deus? Anelava aliviar o coração, falando a ela, e<br />

partilhar juntamente com ela desta terrível responsabilidade; mas se conteve pelo temor de que o pudesse<br />

impedir. Isaque era a alegria e o orgulho dela; sua vida estava ligada a ele, e o amor de mãe poderia<br />

recusar-se ao sacrifício.<br />

Finalmente Abraão chamou o filho, falando-lhe da ordem de oferecer sacrifício em uma montanha<br />

distante. Isaque tinha freqüentes vezes ido com o pai a adorar em algum dos vários altares que<br />

assinalavam suas peregrinações, e esta chamada não provocou surpresa. Fizeram-se rapidamente os<br />

preparativos para a viagem. Preparou-se a lenha, puseram-na sobre o jumento, e com dois servos<br />

partiram. Lado a lado, pai e filho viajavam silenciosamente. O patriarca, ponderando seu cruel segredo,<br />

não tinha ânimo para falar. Seus pensamentos estavam naquela mãe ufana e extremosa, e considerava o<br />

dia em que sozinho deveria voltar a ela. Bem sabia que a faca lhe cortaria o coração, quando tirasse a<br />

vida de seu filho.<br />

Aquele dia — o mais comprido que jamais Abraão experimentara — arrastava-se vagarosamente<br />

ao seu termo. Enquanto seu filho e os moços dormiam, passou ele a noite em oração, esperando ainda<br />

que algum mensageiro celestial pudesse vir dizer que a prova já era suficiente, que o jovem poderia voltar<br />

ileso para sua mãe. Nenhum alívio, <strong>por</strong>ém, lhe veio à alma torturada. Outro longo dia, outra noite de<br />

humilhação e oração, enquanto a ordem que o deveria deixar desfilhado lhe repercutia sempre no ouvido.<br />

Perto estava Satanás para insinuar dúvidas e incredulidade; mas Abraão resistiu a suas sugestões.<br />

Quando estavam a ponto de iniciar a viagem do terceiro dia, o patriarca, olhando para o Norte, viu o sinal<br />

prometido, uma nuvem de glória pairando sobre o Monte Moriá, e compreendeu que a voz que lhe falara<br />

era do Céu.<br />

Mesmo agora não murmurou contra Deus, mas fortaleceu a alma pensando nas provas da bondade<br />

e fidelidade do Senhor. Este filho fora dado inesperadamente; e não tinha Aquele que conferira a preciosa<br />

dádiva o direito de reclamar o que era Seu? Então a fé repetiu a promessa: “Em Isaque será chamada a<br />

tua semente” (Gênesis 21:12) — semente numerosa como os grãos de areia na praia. Isaque fora filho de<br />

um milagre, e não poderia o poder que lhe dera vida restaurá-lo? Olhando para além daquilo que era<br />

visível, Abraão apreendeu a palavra divina, considerando “que Deus era poderoso para até dos mortos o<br />

ressuscitar”. Hebreus 11:19.<br />

Todavia, ninguém senão Deus poderia compreender quão grande era o sacrifício do pai, ao entregar<br />

seu filho à morte; Abraão não quis que ninguém, a não ser Deus, testemunhasse a cena da separação.<br />

Mandou a seus servos que ficassem atrás, dizendo: “Eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado,<br />

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