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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

entre eles. O Senhor lhe disse: “Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que<br />

vê, ou o cego? Não sou Eu, o Senhor?” A isto acrescentou-se outra segurança do auxílio divino: “Vai<br />

pois agora, e Eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar”. Êxodo 4:11, 12.<br />

Mas Moisés ainda rogou que fosse escolhida uma pessoa mais competente. Estas escusas a<br />

princípio procederam da humildade e retraimento; mas depois que o Senhor prometera remover todas as<br />

dificuldades, e dar-lhe afinal o êxito, qualquer nova recusa e queixa a respeito de sua inaptidão,<br />

mostravam falta de confiança em Deus. Isto envolvia um receio de que Deus fosse incapaz de habilitálo<br />

para a grande obra, para a qual o chamara, ou de que houvesse Ele cometido um erro na escolha do<br />

homem. Moisés então foi mandado ir ter com Arão, seu irmão mais velho, que, tendo estado em uso<br />

diário da língua dos egípcios, podia falá-la perfeitamente. Foi-lhe dito que Arão vinha ao seu encontro.<br />

As palavras seguintes do Senhor foram uma ordem positiva: “Tu lhe falarás e <strong>por</strong>ás as palavras na sua<br />

boca; Eu serei com a tua boca, e com a sua boca, ensinando-vos o que haveis de fazer. E ele falará <strong>por</strong> ti<br />

ao povo; e acontecerá que ele te será <strong>por</strong> boca, e tu lhe serás <strong>por</strong> Deus. Toma pois esta vara na tua mão,<br />

com que farás os sinais”. Êxodo 4:15-17.<br />

Moisés não mais poderia o<strong>por</strong> resistência; pois todo o motivo de escusa fora removido. A ordem<br />

divina dada a Moisés encontrou-o sem confiança em si, tardo no falar, e tímido. Sentia-se vencido pela<br />

intuição de sua incapacidade de ser o <strong>por</strong>ta-voz de Deus para Israel. Havendo, <strong>por</strong>ém, aceito o trabalho,<br />

deu-lhe início com todo o coração, depositando toda a confiança no Senhor. A grandeza de sua missão<br />

chamava à atividade as melhores faculdades de seu espírito. Deus lhe abençoou a pronta obediência, e<br />

ele se tornou eloqüente, esperançoso e senhor de si, e bem adaptado para a maior obra que já foi entregue<br />

ao homem. Isto é um exemplo do que Deus faz para fortalecer o caráter daqueles que nEle confiam<br />

amplamente, e dar-lhes, sem reserva, as Suas ordens. O homem adquirirá força e eficiência ao aceitar as<br />

responsabilidades que Deus põe sobre ele, e procurar de toda sua alma qualificarse para dela se<br />

desincumbir devidamente. Por humilde que seja a sua posição ou limitada a sua habilidade, atingirá a<br />

verdadeira grandeza o homem que, confiando na força divina, procura efetuar sua obra com fidelidade.<br />

Houvesse Moisés confiado em sua própria força e sabedoria, e com avidez aceito o grande encargo,<br />

e teria evidenciado sua completa inaptidão para tal obra. O fato de que um homem sente a sua fraqueza,<br />

é ao menos alguma prova de que ele se compenetra da magnitude da obra a ele designada, e de que fará<br />

de Deus seu conselheiro e força. Moisés voltou a seu sogro, e exprimiu o desejo de visitar seus<br />

irmãos no Egito. Jetro deu-lhe consentimento, com a bênção: “Vai em paz”. Êxodo 4:18.<br />

Com a esposa e os filhos, Moisés pôs-se em caminho. Não ousara dar a conhecer o objetivo de sua<br />

missão, receando não fosse permitido que o acompanhassem. Antes de chegar ao Egito, entretanto, ele<br />

mesmo achou melhor, para segurança deles, mandá-los voltar para casa, em Midiã. Um temor secreto de<br />

Faraó e dos egípcios, cuja ira se acendera contra ele quarenta anos antes, tornara Moisés ainda mais<br />

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