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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Com grande regozijo os vitoriosos iniciaram a marcha em direção à sua terra. Chegando aos seus<br />

companheiros que tinham ficado atrás, os mais egoístas e desregrados dos quatrocentos insistiram em<br />

que aqueles que não tinham tomado parte na batalha não participassem dos despojos; que lhes bastava<br />

cada um recuperar sua esposa e filhos. Mas Davi não quis permitir tal disposição. “Não fareis assim,<br />

irmãos meus”, disse ele, “com o que nos deu o Senhor. [...] Qual é a parte dos que desceram à peleja, tal<br />

também será a parte dos que ficaram com a bagagem; igualmente repartirão”. 1 Samuel 30:23, 24. Assim<br />

foi resolvida a questão, e mais tarde tornou-se uma lei em Israel que todos os que com honra estivessem<br />

ligados a uma campanha militar devessem participar dos despojos, do mesmo modo que os que se<br />

achavam empenhados no próprio combate.<br />

Além de recuperar todo o despojo que fora tomado de Ziclague, Davi e seu grupo apreenderam<br />

extensos rebanhos de ovelhas e vacas pertencentes aos amalequitas. Estes foram chamados “o despojo<br />

de Davi” (1 Samuel 30:20); e, voltando a Ziclague, enviou deste despojo presentes aos anciãos de sua<br />

própria tribo de Judá. Nesta distribuição foram lembrados todos os que ampararam a ele e seus seguidores<br />

nas fortalezas das montanhas, quando foi obrigado a fugir de um lugar para outro para conservar a vida.<br />

A bondade e a simpatia deles, tão preciosas ao perseguido fugitivo, foram dessa maneira gratamente<br />

reconhecidas.<br />

Era o terceiro dia depois que Davi e seus guerreiros voltaram a Ziclague. Enquanto trabalhavam<br />

para restaurar suas casas arruinadas, aguardavam com coração ansioso notícias da batalha que sabiam<br />

dever ter sido ferida entre Israel e os filisteus. Subitamente um mensageiro entrou na cidade, “com<br />

vestidos rotos e com terra sobre a cabeça”. 2 Samuel 1:2-12. Foi logo levado a Davi, diante de quem se<br />

curvou com reverência, exprimindo reconhecê-lo como um príncipe poderoso, cujo favor desejava. Davi<br />

indagou ansiosamente como tinha ido a batalha. O fugitivo referiu a derrota e morte de Saul, e a morte<br />

de Jônatas. Mas foi além de uma simples declaração dos fatos. Supondo evidentemente que Davi deveria<br />

alimentar inimizade para com o seu implacável perseguidor, o estrangeiro esperava conseguir honra para<br />

si como o matador do rei. Com um ar de vanglória, o homem pôs-se a relatar que durante a batalha<br />

encontrou o rei de Israel ferido, e mui assediado pelos seus adversários, e que pelo seu próprio pedido<br />

ele, o mensageiro, o matara.<br />

A coroa de sua cabeça e a pulseira de ouro que trazia no braço ele as trouxera a Davi.<br />

Confiantemente esperava que estas notícias fossem recebidas com alegria, e que receberia uma boa<br />

recompensa pela parte que desempenhara. Mas “apanhou Davi os seus vestidos, e os rasgou, como<br />

também todos os homens que estavam com ele. E prantearam, e choraram, e jejuaram até à tarde <strong>por</strong><br />

Saul, e <strong>por</strong> Jônatas, seu filho, e pelo povo do Senhor, e pela casa de Israel, <strong>por</strong>que tinham caído à espada”.<br />

Passado o primeiro abalo da terrível notícia, os pensamentos de Davi voltaram-se para o núncio<br />

estrangeiro, e para o crime de que, segundo sua própria declaração, ele era culpado. O líder perguntou ao<br />

moço: “Donde és tu?” E ele respondeu: “Sou filho de um homem estrangeiro, amalequita. E Davi lhe<br />

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