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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

desde o dia em que a mim vieste, até ao dia de hoje; <strong>por</strong>ém aos olhos dos príncipes não agradas. Volta,<br />

pois, agora, e volta em paz, para que não faças mal aos olhos dos príncipes dos filisteus”. 1 Samuel 29:3-<br />

7. Davi, receando trair seus verdadeiros sentimentos, respondeu: “Por quê? que fiz? ou que achaste no<br />

teu servo desde o dia em que estive diante de ti, até ao dia de hoje, para que não vá e peleje contra os<br />

inimigos do rei meu senhor?”<br />

A resposta de Aquis deve ter produzido um estremecimento de vergonha e remorso no coração de<br />

Davi, ao pensar quão indignos de um servo de Jeová eram os enganos a que se rebaixara. “Bem o sei; e<br />

que na verdade aos meus olhos és bom como um anjo de Deus”, disse o rei; “<strong>por</strong>ém disseram os príncipes<br />

dos filisteus: Não suba este conosco à batalha. Agora, pois, amanhã de madrugada levanta-te com os<br />

criados do teu senhor, que têm vindo contigo; e, levantando-vos pela manhã de madrugada, e havendo<br />

luz, parti”. 1 Samuel 29:8-10. Deste modo a cilada em que Davi se enredara, rompera-se e ele ficou livre.<br />

Depois de três dias de viagem, Davi e seu grupo de seiscentos homens chegaram em Ziclague, sua<br />

residência entre os filisteus. Mas seus olhos encontraram uma cena de desolação. Os amalequitas, tirando<br />

vantagem da ausência de Davi e sua força, tinham-se vingado de suas incursões em seu território. Haviam<br />

surpreendido a cidade, enquanto esta não se encontrava guardada, e, tendo-a saqueado e queimado,<br />

partiram, levando todas as mulheres e crianças como cativos, juntamente com muito despojo.<br />

Mudos de horror e espanto, Davi e seus homens <strong>por</strong> algum tempo olharam em silêncio para as<br />

ruínas enegrecidas e a queimarse lentamente. Então, quando um senso de sua terrível desolação os<br />

assaltou, aqueles guerreiros cheios de cicatrizes recebidas em batalhas “alçaram a sua voz, e choraram,<br />

até que neles não houve mais força para chorar”. 1 Samuel 30:4. Com isto foi Davi de novo castigado<br />

pela falta de fé que o levara a colocar-se entre os filisteus. Teve o<strong>por</strong>tunidade de ver quanta segurança<br />

poderia obter-se entre os adversários de Deus e de Seu povo. Os seguidores de Davi voltaram-se contra<br />

ele, como causa de suas calamidades. Ele tinha provocado a vingança dos amalequitas pelo seu ataque<br />

contra eles; todavia, demasiado confiante em sua segurança em meio de seus inimigos,deixara<br />

desguarnecida a cidade. Loucos de dor e raiva, seus soldados estavam agora prontos para quaisquer<br />

medidas extremas, e ameaçaram mesmo apedrejar seu líder.<br />

Davi parecia desligado de todo o apoio humano. Tudo que lhe era caro na Terra, dele havia sido<br />

arrebatado. Saul o expulsara de seu país; os filisteus o expulsaram do arraial; os amalequitas pilharam<br />

sua cidade; suas mulheres e filhos haviam sido feitos prisioneiros; e os próprios amigos de seu grupo<br />

ligaram-se contra ele, e o ameaçavam mesmo de morte. Nesta hora de extrema angústia, Davi, em vez<br />

de permitir que seu espírito se ocupasse com tais circunstâncias dolorosas, olhou com fervor a Deus à<br />

espera de auxílio. Ele “animou-se no Senhor”. Reviu sua vida passada, cheia de peripécias. Em que o<br />

havia o Senhor abandonado? Sua alma refrigerou-se, lembrando-se das muitas provas do favor de Deus.<br />

Os seguidores de Davi, pelo seu descontentamento e impaciência, tornaram sua aflição duplamente atroz;<br />

mas o homem de Deus, tendo mesmo maior motivo de pesar, <strong>por</strong>tou-se com coragem. “No dia em que<br />

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