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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

zelo de Saul era <strong>por</strong> si mesmo, e não pela honra de Deus. Ele declarou seu objetivo não ser que o Senhor<br />

fosse vingado de Seus inimigos, mas “que me vingue de meus inimigos”.<br />

A proibição teve como resultado levar o povo a transgredir o mandado de Deus. Eles tinham estado<br />

empenhados em guerra o dia todo, e desfaleciam pela falta de alimento; e apenas se passaram as horas<br />

da restrição, caíram sobre o despojo, e devoraram a carne com sangue, violando desta maneira a lei que<br />

proibia comer sangue. Durante o dia de batalha, Jônatas, que não tinha ouvido acerca da ordem do rei,<br />

ignorantemente transgrediu comendo um pouco de mel quando passava através de um bosque. Saul teve<br />

conhecimento disto à tarde. Havia declarado que a violação deste edito seria punida com a morte; e,<br />

embora Jônatas não tivesse sido culpado de pecado voluntário, embora Deus lhe tivesse miraculosamente<br />

preservado a vida, e houvesse operado <strong>por</strong> meio dele, o rei declarou que a sentença devia ser executada.<br />

Poupar a vida de seu filho teria sido um reconhecimento da parte de Saul de que ele pecara fazendo um<br />

voto tão precipitado. Isto seria humilhante ao seu orgulho. “Assim me faça Deus, e outro tanto”, foi a<br />

sua terrível sentença; “que com certeza morrerá, Jônatas.”<br />

Saul não podia pretender a honra da vitória, mas esperava ser honrado pelo seu zelo ao manter a<br />

santidade de seu voto. Mesmo com sacrifício de seu filho, queria impressionar seus súditos com o fato<br />

de que a autoridade real tinha de ser mantida. Em Gilgal, pouco tempo antes, Saul tomara a ousadia de<br />

oficiar como sacerdote, contrariamente ao mandado de Deus. Sendo reprovado <strong>por</strong> Samuel,<br />

obstinadamente justificou-se. Agora, quando sua própria ordem foi desobedecida — embora esta ordem<br />

não fosse razoável, e tivesse sido violada <strong>por</strong> ignorância — o rei e pai sentenciou o filho à morte.<br />

O povo recusou-se a permitir que a sentença de morte fosseexecutada. Afrontando a ira do rei,<br />

declararam: “Morrerá Jônatas, que obrou tão grande salvação em Israel? Nunca tal suceda; vive o Senhor,<br />

que não lhe há de cair no chão um só cabelo da sua cabeça! Pois com Deus fez isso hoje”. 1 Samuel<br />

14:45. O orgulhoso rei não ousou desrespeitar este unânime veredicto, e a vida de Jônatas foi preservada.<br />

Saul não pôde deixar de sentir que seu filho era preferido a ele, tanto pelo povo como pelo Senhor. O<br />

livramento de Jônatas foi uma severa exprobração à precipitação do rei. Teve um pressentimento de que<br />

suas maldições cairiam sobre sua cabeça. Não mais continuou a guerra com os filisteus, mas voltou para<br />

casa mal-humorado e descontente.<br />

Aqueles que mais prontos estão para desculpar-se ou justificar-se no pecado, são muitas vezes os<br />

mais severos ao julgar e condenar os outros. Muitos, como Saul, trazem sobre si o desagrado de Deus,<br />

mas rejeitam o conselho e desprezam a reprovação. Mesmo quando convictos de que o Senhor não está<br />

com eles, recusam-se a ver em si a causa da perturbação. Alimentam um espírito orgulhoso, jactancioso,<br />

ao mesmo tempo em que condescendem em fazer um juízo cruel ou severa censura em relação a outros<br />

que são melhores do que eles. Bom seria que tais juízes, que a si mesmos se constituem, ponderassem<br />

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