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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Então disse Saul aos seus servos: “Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para<br />

que vá a ela e a consulte”. 1 Samuel 28:6, 7. Saul tinha completo conhecimento do caráter da<br />

necromancia. Tinha sido expressamente proibida pelo Senhor, e fora pronunciada sentença de morte<br />

contra todos os que praticassem suas artes profanas. Durante a vida de Samuel, Saul ordenara que todos<br />

os encantadores e os que tinham espírito de feitiçaria fossem mortos; mas agora, na precipitação do<br />

desespero, recorre àquele oráculo que ele condenara como uma abominação. Foi dito ao rei que uma<br />

mulher que possuía espírito de feitiçaria estava morando em um esconderijo, em En-Dor. Esta mulher<br />

entrara em concerto com Satanás, para entregar-se ao seu domínio, e cumprir seus propósitos; e, em<br />

troca, o príncipe do mal operava prodígios a ela, e revelava-lhe coisas secretas.<br />

Disfarçando-se, Saul saiu de noite apenas com dois auxiliares, a fim de buscar o retiro da feiticeira.<br />

Oh! que deplorável cena! o rei de Israel levado cativo <strong>por</strong> Satanás, à sua vontade. Que vereda tão<br />

tenebrosa, para palmilharem pés humanos, aquela que fora escolhida <strong>por</strong> quem persistira em ter seu<br />

próprio caminho, resistindo às santas influências do Espírito de Deus! Que cativeiro há tão terrível como<br />

o daquele que se acha entregue ao domínio do pior dos tiranos? A confiança em Deus e a obediência à<br />

Sua vontade eram as únicas condições sob as quais Saul poderia ser rei de Israel. Se ele tivesse satisfeito<br />

estas condições durante todo o seu reinado, seu reino teria estado livre de perigo; Deus teria sido o seu<br />

guia, e seu escudo o Onipotente. Deus tivera muita paciência com Saul; e, embora sua rebelião e<br />

obstinação tivessem quase silenciado a voz divina na alma, havia ainda o<strong>por</strong>tunidade para o<br />

arrependimento. Mas, quando em seu perigo se desviou de Deus para obter luz de um aliado de Satanás,<br />

rompera o último laço que o ligava ao seu Criador; colocara-se completamente sob o domínio daquele<br />

poder diabólico que durante anos tinha sido exercido sobre ele, e que o levara às bordas da destruição.<br />

Sob o manto das trevas, Saul e seus auxiliares se encaminharam através da planície, e, passando<br />

com segurança pelas hostes filistéias, atravessaram o cume das montanhas, em direção à morada solitária<br />

da pitonisa de En-Dor. Ali a mulher com espírito de feitiçaria escondera-se para que pudesse<br />

secretamente continuar com seus profanos encantamentos. Embora disfarçado como estava, a alta<br />

estatura e <strong>por</strong>te real de Saul declararam que ele não era um soldado comum. A mulher suspeitou que seu<br />

visitante era Saul, e seus ricos presentes fortaleceram-lhe as suspeitas. Ao seu pedido: “Peço-te que me<br />

adivinhes pelo espírito de feiticeira, e me faças subir a quem eu te disser”, respondeu a mulher: “Eis aqui<br />

tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; <strong>por</strong> que, pois me<br />

armas um laço à minha vida, para me fazer matar?” Então “Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: Vive o<br />

Senhor, que nenhum mal te sobrevirá <strong>por</strong> isso”. E, quando ela disse: “A quem te farei subir?” ele<br />

respondeu: “a Samuel”.<br />

Depois de praticar seus encantamentos, ela disse: “Vejo deuses que sobem da terra. [...] Vem<br />

subindo um homem ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com<br />

o rosto em terra, e se prostrou”. 1 Samuel 28:8-14. Não foi o santo profeta de Deus que veio com o poder<br />

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