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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

energia para dirigir negócios e adquirir gado ou terras, receava-se que sua vida se mostrasse inútil. Mas<br />

tomava-se providência para provar aqueles que nada tinham para pagar <strong>por</strong> uma esposa. Permitia-se-lhes<br />

trabalhar para o pai, cuja filha amavam, sendo a duração do tempo determinada pelo valor do dote<br />

exigido.<br />

Quando o pretendente era fiel em seu trabalho, e provava ser digno em outros sentidos, obtinha a<br />

filha como esposa; e geralmente o dote que o pai recebera era dado a ela <strong>por</strong> ocasião do casamento. Tanto<br />

no caso de Raquel como no de Léia, reteve entretanto Labão, egoistamente, o dote que lhes teria sido<br />

dado; referiram-se a isto quando disseram, precisamente antes da mudança de Mesopotâmia: “Vendeunos,<br />

e comeu todo o nosso dinheiro”. Gênesis 31:15. O antigo costume, se bem que algumas vezes do<br />

mesmo se abusasse, assim como o fizera Labão, produzia bons resultados. Quando se exigia do<br />

pretendente prestar serviços, a fim de obter a sua noiva, evitava-se um casamento precipitado, e havia<br />

o<strong>por</strong>tunidade de provar-se a profundidade de seu afeto, bem como sua habilidade para prover as<br />

necessidades de uma família. Em nossos tempos, muitos males resultam de seguir uma conduta oposta.<br />

Freqüentemente dá-se o caso que pessoas, antes do casamento, têm pouca o<strong>por</strong>tunidade de se<br />

familiarizarem com os hábitos e disposições uma da outra, e, quanto ao que se refere à vida diária, são<br />

virtualmente estranhas quando no altar unem os seus interesses.<br />

Muitos acham, demasiado tarde, que não se adaptam um ao outro, e a desgraça <strong>por</strong> toda a vida é o<br />

resultado de sua união. Freqüentes vezes a esposa e os filhos sofrem pela indolência e inépcia, ou pelos<br />

hábitos viciosos do marido e pai. Se o caráter do pretendente houvesse sido provado antes do casamento,<br />

conforme o antigo costume, poder-se-ia ter evitado grande infelicidade. Sete anos de serviço fiel Jacó<br />

prestou em atenção a Raquel, e os anos que ele serviu “foram aos seus olhos como poucos dias, pelo<br />

muito que a amava”. Gênesis 29:20. Mas o egoísta e ganancioso Labão, desejando reter um auxiliar tão<br />

valioso, praticou um cruel engano substituindo Raquel <strong>por</strong> Léia. O fato de que a própria Léia fez parte<br />

da trapaça, fez Jacó pressentir que a não poderia amar. Sua censura feita com indignação a Labão foi<br />

defrontada com o oferecimento de Raquel <strong>por</strong> outros sete anos de trabalho. Insistia, <strong>por</strong>ém, o pai que<br />

Léia não fosse despedida, visto que isto acarretaria ignomínia à família. Jacó foi posto assim em uma<br />

posição mui dolorosa e probante; decidiu-se finalmente a conservar Léia e desposar Raquel. Esta foi<br />

sempre a mui amada; mas a preferência dele <strong>por</strong> ela provocava inveja e ciúme, e sua vida se amargurava<br />

pela rivalidade entre as esposas-irmãs.<br />

Durante vinte anos, Jacó permaneceu na Mesopotâmia, trabalhando ao serviço de Labão, que,<br />

desatendendo os laços de parentesco, aplicava-se a obter para si todos os benefícios da ligação que entre<br />

eles havia. Catorze anos de labuta ele exigira <strong>por</strong> suas duas filhas; e, durante o tempo restante, o salário<br />

de Jacó foi dez vezes mudado. Era, contudo, diligente e fiel o serviço de Jacó. Suas palavras a Labão, em<br />

sua última entrevista, descrevem vividamente a vigilância incansável que exercera aos interesses do<br />

exigente patrão: “Estes vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e<br />

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