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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

existiu no coração de Saul. A inveja é filha do orgulho, e, se é alimentada no coração, determinará o ódio,<br />

e finalmente a vingança e o assassínio. Satanás mostrou seu próprio caráter, incitando o furor de Saul<br />

contra aquele que nunca lhe fizera mal.<br />

O rei mantinha estrita vigilância sobre Davi, esperando encontrar-lhe alguma ocasião de indiscrição<br />

ou precipitação que pudesse servir como desculpa para acarretar-lhe a desonra. Entendia que não poderia<br />

ficar satisfeito antes que tirasse a vida do moço e ainda assim estivesse justificado perante a nação pelo<br />

seu mau ato. Pôs uma cilada para os pés de Davi, instando com ele para que dirigisse a guerra contra os<br />

filisteus com um vigor ainda maior, e prometendo, como recompensa ao seu valor, casamento com a<br />

filha mais velha da casa real. A resposta modesta de Davi a esta proposta foi: “Quem sou eu, e qual é a<br />

minha vida e a família de meu pai em Israel, para vir a ser genro do rei?” O rei manifestou sua<br />

insinceridade, dando a princesa em casamento a outro.<br />

Uma afeição a Davi <strong>por</strong> parte de Mical, a filha mais moça de Saul, pro<strong>por</strong>cionou ao rei outra<br />

o<strong>por</strong>tunidade para tramar contra seu rival. A mão de Mical foi oferecida ao moço sob condição de ser<br />

apresentada a prova de derrota e morticínio de certo número de seus adversários nacionais: “Saul tentava<br />

fazer cair a Davi pela mão dos filisteus”; Deus, <strong>por</strong>ém, protegeu o Seu servo. Davi voltou vitorioso da<br />

batalha, para tornar-se genro do rei. “Mical, filha de Saul, o amava” (1 Samuel 18:18, 25, 20), e o rei,<br />

enraivecido, viu que suas tramas haviam resultado no engrandecimento daquele a quem procurava<br />

destruir. Estava ainda mais certo de que este era o homem que o Senhor dissera ser melhor do que ele, e<br />

que reinaria no trono de Israel, em seu lugar. Arremessando de si todo o disfarce, expediu uma ordem a<br />

Jônatas e aos oficiais da corte para tirarem a vida daquele a quem odiava.<br />

Jônatas revelou a intenção do rei a Davi, e mandou-o que se escondesse, enquanto ele pleitearia<br />

com seu pai a fim de poupar a vida do libertador de Israel. Expôs ao rei o que Davi tinha feito para<br />

preservar a honra e mesmo a vida da nação, e que terrível crime repousaria sobre o assassino daquele que<br />

Deus usara para dispersar seus inimigos. Comoveu-se a consciência do rei, e abrandou-se-lhe o coração.<br />

“E jurou Saul: Vive o Senhor, que não morrerá”. 1 Samuel 19:6. Davi foi trazido a Saul, e servia em sua<br />

presença, como havia feito anteriormente.<br />

De novo foi declarada a guerra entre os israelitas e os filisteus, e Davi conduziu o exército contra<br />

os inimigos. Uma grande vitória foi ganha pelos hebreus, e o povo do reino louvou sua sabedoria e<br />

heroísmo. Isto serviu para instigar a anterior animosidade de Saul contra ele. Enquanto o moço tocava<br />

perante o rei, enchendo o palácio de suave harmonia, a paixão de Saul venceu-o e ele arremessou um<br />

dardo contra Davi, julgando pregar o músico na parede; mas o anjo do Senhor desviou a arma mortífera.<br />

Davi escapou e fugiu para sua casa. Saul mandou espias para que o prendessem quando saísse pela<br />

manhã, e dessem fim à sua vida.<br />

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