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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Davi, ouvindo falar deste traiçoeiro assalto, exclamou: “Inocente sou eu, e o meu reino, para com<br />

o Senhor, para sempre, do sangue de Abner, filho de Ner. Fique-se sobre a cabeça de Joabe e sobre toda<br />

a casa de seu pai”. 2 Samuel 3:28, 29. Em vista da condição incerta do reino, e do poderio e cargo dos<br />

assassinos — pois que o irmão de Joabe, Abisai, estivera unido com ele — Davi não pôde punir o crime<br />

com o justo castigo; contudo, manifestou publicamente sua aversão àquela cena de sangue. O<br />

sepultamento de Abner foi acompanhado de honras públicas. Exigiu-se que o exército, com Joabe à sua<br />

frente, tomasse parte nos atos de lamentação, com vestes rotas e vestidos de saco. O rei manifestou sua<br />

dor, observando um jejum no dia do sepultamento; acompanhou o séquito fúnebre como o principal<br />

pranteador; e junto à sepultura pronunciou uma homenagem que era uma censura cortante aos assassinos.<br />

E o rei, pranteando a Abner, disse: “Não morreu Abner como morre o vilão? As tuas mãos não estavam<br />

atadas, nem os teus pés carregados de grilhões de bronze, mas caíste como os que caem diante dos filhos<br />

da maldade!” 2 Samuel 3:33, 34.<br />

O magnânimo reconhecimento <strong>por</strong> parte de Davi, com relação a um que fora seu inimigo atroz,<br />

conquistou a confiança e a admiração de todo o Israel. “O que todo o povo entendendo, pareceu bem aos<br />

seus olhos, assim como tudo quanto o rei fez pareceu bem aos olhos de todo o povo. E todo o povo e<br />

todo Israel entenderam naquele mesmo dia que não procedera do rei que matassem a Abner, filho de<br />

Ner.” No círculo particular dos conselheiros e assistentes que lhe mereciam confiança, o rei falou do<br />

crime, e reconhecendo sua própria incapacidade de punir os assassinos como o desejava, entregou-os à<br />

justiça de Deus: “Não sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande? Que eu ainda sou tenro,<br />

ainda que ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são mais duros do que eu. O Senhor pagará ao<br />

malfeitor conforme a sua maldade”. 2 Samuel 3:36-39.<br />

Abner tinha sido sincero em seus oferecimentos e representações a Davi; todavia seus intuitos eram<br />

vis e egoístas. Opusera-se persistentemente ao rei <strong>por</strong> Deus designado, na expectativa de conseguir honra<br />

para si. Era o ressentimento, o orgulho ferido, e a paixão o que o levou a abandonar a causa que durante<br />

tanto tempo havia servido; e, desertando para o lado de Davi, esperava receber a mais alta posição de<br />

honra ao seu serviço. Se ele tivesse sido bem-sucedido em seu propósito, seus talentos e ambição, sua<br />

grande influência e falta de piedade teriam feito perigar o trono de Davi e a paz e a prosperidade da<br />

nação. “Ouvindo pois o filho de Saul que Abner morrera em Hebrom, as mãos se lhe afrouxaram; e todo<br />

o Israel pasmou”. 2 Samuel 4:1. Era evidente que o reino não poderia manter-se <strong>por</strong> muito tempo. Logo<br />

outro ato de traição completou a queda do poder decadente. Isbosete foi miseravelmente assassinado <strong>por</strong><br />

dois de seus capitães, os quais, decepando-lhe a cabeça, levaram-na apressadamente ao rei de Judá,<br />

esperando assim captar o seu favor.<br />

Compareceram perante Davi com a sangrenta testemunha de seu crime, dizendo: “Eis aqui a cabeça<br />

de Isbosete, filho de Saul, teu inimigo, que te procurava a morte; assim o Senhor vingou hoje ao rei meu<br />

senhor de Saul e da sua semente.” Mas Davi, cujo trono o próprio Deus estabelecera, e a quem Deus<br />

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