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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Saul havia agora sido submetido à prova final. Sua arrogante desconsideração pela vontade de<br />

Deus, mostrando sua determinação de governar como um rei independente, provou que não se lhe poderia<br />

confiar poder real como representante do Senhor. Enquanto Saul e seu exército marchavam para casa no<br />

entusiasmo da vitória, havia profunda angústia no lar do profeta Samuel. Ele havia recebido uma<br />

mensagem do Senhor, denunciando o procedimento do rei: “Arrependo-Me de haver posto a Saul como<br />

rei; <strong>por</strong>quanto deixou de Me seguir, e não executou as Minhas palavras”. 1 Samuel 15:11. O profeta ficou<br />

profundamente magoado pela conduta do rei rebelde, e chorou e orou a noite toda pedindo uma revogação<br />

da terrível sentença.<br />

O arrependimento de Deus não é como o do homem. “Aquele que é a Força de Israel não mente<br />

nem Se arrepende; <strong>por</strong>quanto não é um homem para que Se arrependa”. 1 Samuel 15:29. O<br />

arrependimento do homem implica uma mudança de intuitos. O arrependimento de Deus implica uma<br />

mudança de circunstâncias e relações. O homem pode mudar sua relação para com Deus, conformandose<br />

com as condições sob as quais pode ser levado ao favor divino; ou pode, de moto próprio, colocar-se<br />

fora da condição favorável; mas o Senhor é o mesmo “ontem, e hoje e eternamente”. Hebreus 13:8. A<br />

desobediência de Saul mudou sua relação para com Deus; mas as condições de aceitação <strong>por</strong> parte de<br />

Deus ficaram inalteradas — as reivindicações de Deus eram ainda as mesmas; pois nEle “não há mudança<br />

nem sombra de variação”. Tiago 1:17.<br />

Com coração dolorido o profeta partiu na manhã seguinte para encontrar-se com o rei, que procedia<br />

erradamente. Samuel acariciava a esperança de que, refletindo, pudesse Saul ter consciência de seu<br />

pecado, e, pelo arrependimento e humilhação, ser de novo restabelecido ao favor divino. Quando, <strong>por</strong>ém,<br />

o primeiro passo é dado no caminho da transgressão, este caminho se torna fácil. Saul, aviltado <strong>por</strong> sua<br />

desobediência, veio ao encontro de Samuel com uma mentira nos lábios. Exclamou: “Bendito tu do<br />

Senhor; executei a palavra do Senhor.” Os sons que vinham aos ouvidos do profeta desmentiram a<br />

declaração do desobediente rei. À incisiva pergunta: “Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus<br />

ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?” Saul respondeu: “De Amaleque as trouxeram; <strong>por</strong>que o povo<br />

perdoou ao melhor das ovelhas e das vacas, para as oferecer ao Senhor seu Deus; o resto <strong>por</strong>ém, temos<br />

destruído totalmente”. 1 Samuel 15:13-15. O povo havia obedecido às determinações de Saul; mas, a fim<br />

de defender-se, queria este atribuir a eles o pecado de sua desobediência.<br />

A mensagem da rejeição de Saul trouxe indizível pesar ao coração de Samuel. Tinha ela de ser<br />

transmitida perante todo o exército de Israel, quando estava cheio de orgulho e regozijo triunfal <strong>por</strong> uma<br />

vitória que se atribuía ao valor e às aptidões de general de seu rei, pois que Saul não havia relacionado<br />

com Deus o êxito de Israel nesse conflito; mas, quando o profeta viu a prova da rebelião de Saul, foi<br />

tomado de indignação pelo fato de que aquele que fora tão altamente favorecido <strong>por</strong> Deus, transgredisse<br />

o mandamento do Céu, e levasse Israel ao pecado. Samuel não foi enganado pelo subterfúgio do rei. Com<br />

um misto de dor e indignação, declarou: “Espera, e te declararei o que o Senhor me disse esta noite. [...]<br />

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