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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

<strong>por</strong>ta da cidade, onde uma multidão de suplicantes esperava a fim de apresentar suas queixas e receber<br />

justiça. Absalão misturava-se com eles, e escutava seus agravos, exprimindo simpatia pelos seus<br />

sofrimentos, e pesar pela ineficiência do governo. Tendo assim ouvido a história de um homem de Israel,<br />

o príncipe replicava: “Os teus negócios são bons e retos, <strong>por</strong>ém não tens quem te ouça da parte do rei”;<br />

e acrescentava: “Ah, quem me dera ser juiz na Terra! para que viesse a mim todo homem que tivesse<br />

demanda ou questão, para que lhe fizesse justiça. Sucedia também que, quando alguém se achegava a ele<br />

para se inclinar diante dele, ele estendia a sua mão, e pegava dele, e o beijava.”<br />

Fomentado pelas artificiosas insinuações do príncipe, o descontentamento com o governo estavase<br />

espalhando rapidamente. O elogio a Absalão estava nos lábios de todos. Era geralmente considerado<br />

como herdeiro do reino; o povo olhava para ele com orgulho, como sendo digno deste elevado cargo, e<br />

acendeu-se o desejo de que ele ocupasse o trono. “Assim furtava Absalão o coração dos homens de<br />

Israel”. 2 Samuel 15:4-6. No entanto, o rei, cego pelo afeto para com seu filho, de nada suspeitava. A<br />

condição principesca que Absalão havia assumido, era considerada <strong>por</strong> Davi como tendo em vista honrar<br />

a sua corte, ou seja, como uma expressão de alegria pela reconciliação.<br />

Estando preparada a mente do povo para o que havia de seguir-se, Absalão secretamente enviou<br />

homens escolhidos <strong>por</strong> todas as tribos, a fim de combinar as necessárias providências para uma revolta.<br />

E agora o manto da devoção religiosa foi tomado para esconder seus intuitos traidores. Um voto feito<br />

muito tempo antes, quando ele estava no desterro, devia ser cumprido em Hebrom. Absalão disse ao rei:<br />

“Deixa-me ir pagar em Hebrom o meu voto que votei ao Senhor. Porque, morando eu em Gesur, em<br />

Síria, votou o teu servo um voto, dizendo: Se o Senhor outra vez me fizer tornar a Jerusalém, servirei ao<br />

Senhor.” Então o extremoso pai, reconfortado com esta prova de piedade em seu filho, despediu-o com<br />

sua bênção. A conspiração estava agora completamente amadurecida. O ato final de Absalão, inspirado<br />

na hipocrisia, destinava-se não somente a cegar o rei, mas estabelecer a confiança do povo, e assim levar<br />

este à rebelião contra o rei que Deus escolhera.<br />

Absalão partiu para Hebrom, e foram com ele de Jerusalém “duzentos homens convidados, <strong>por</strong>ém<br />

iam na sua simplicidade, <strong>por</strong>que nada sabiam daquele negócio”. 2 Samuel 14:7-11. Estes homens iam<br />

com Absalão, mal imaginando que seu amor pelo filho os estava levando à rebelião contra o pai.<br />

Chegando em Hebrom, Absalão imediatamente chamou Aitofel, um dos principais conselheiros de Davi,<br />

homem de grande fama <strong>por</strong> sua sabedoria, cuja opinião se julgava ser tão segura e prudente como a de<br />

um oráculo. Aitofel aderiu aos conspiradores, e seu apoio fez com que parecesse certo o êxito à causa de<br />

Absalão, atraindo sob sua bandeira muitos homens de influência de todas as partes do país. Soando a<br />

trombeta de revolta, os espias do príncipe <strong>por</strong> todo o país espalharam a notícia de que Absalão era rei, e<br />

muitos do povo a ele se uniram.<br />

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