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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

Capítulo 12 — Abraão em Canaã<br />

Este capítulo é baseado em Gênesis 13-15; 17:1-16; 18.<br />

Abraão voltou para Canaã “muito rico em gado, em prata, e em ouro”. Gênesis 13:1-9. Ló ainda<br />

estava com ele, e novamente vieram a Betel, e armaram suas tendas ao lado do altar que haviam<br />

construído anteriormente. Logo acharam que os bens acrescentados traziam maiores dificuldades. Em<br />

meio de dificuldades e provações tinham morado juntos, em harmonia, mas em sua prosperidade havia<br />

perigo de contenda entre eles. Os pastos não eram suficientes para os rebanhos e gado de ambos, e as<br />

freqüentes discussões entre os pastores eram trazidas para ajuste aos seus senhores. Era claro que deviam<br />

separar-se. Abraão era superior a Ló em idade, e em parentesco, riqueza e posição; no entanto foi o<br />

primeiro a pro<strong>por</strong> planos para conservarem a paz. Se bem que a terra toda lhe houvesse sido dada pelo<br />

próprio Deus, cortesmente declinou de seu direito.<br />

“Ora não haja contenda”, disse ele, “entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores,<br />

<strong>por</strong>que irmãos somos. Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a<br />

esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda.” Aqui se ostentou o nobre<br />

e abnegado espírito de Abraão. Quantos, em circunstâncias idênticas, não se apegariam com todo o risco<br />

aos seus direitos e preferências individuais! Quantos lares não se têm desta maneira esfacelado. Quantas<br />

igrejas não se têm desagregado, tornando a causa da verdade objeto de zombaria e injúria entre os ímpios!<br />

“Não haja contenda entre mim e ti”, disse Abraão, “<strong>por</strong>que irmãos somos”, não somente pelo parentesco<br />

natural, mas como adoradores do verdadeiro Deus. Os filhos de Deus, pelo mundo inteiro, são uma<br />

família, e o mesmo espírito de amor e conciliação os deve governar. “Amai-vos cordialmente uns aos<br />

outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12:10) — é o ensino de<br />

nosso Salvador. A cultura de uma cortesia uniforme, de uma disposição para fazer aos outros conforme<br />

desejaríamos que nos fizessem, extinguiria a metade dos males da vida. O espírito de engrandecimento<br />

próprio é o espírito de Satanás; mas o coração em que o amor de Cristo é acalentado, possuirá aquela<br />

caridade que não busca o seu próprio proveito. Tal coração dará atenção ao mandado divino: “Não atente<br />

cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros”. Filipenses 2:4.<br />

Embora Ló devesse a prosperidade à sua conexão com Abraão, não manifestou gratidão ao seu<br />

benfeitor. A cortesia determinava que ele cedesse à escolha de Abraão; mas, em lugar disso, esforçou-se<br />

egoistamente <strong>por</strong> tomar todas as vantagens. “E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão,<br />

que era toda bem regada, [...] e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, quando se entra em<br />

Zoar”. Gênesis 13:10-13. A região mais fértil de toda a Palestina era o vale do Jordão, lembrando o<br />

Paraíso perdido aos que a viam, e igualando a beleza e produtividade das planícies enriquecidas pelo<br />

Nilo, que tão recentemente haviam deixado. Havia também cidades, ricas e belas, convidando ao<br />

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