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Patriarcas e Profetas por Ellen G White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

com a santa consagração de sumo sacerdote. Ele o mantivera no ofício santo pelas terríveis manifestações<br />

de juízo divino, na destruição de Coré e seu grupo. Foi pela intercessão de Arão que a praga se deteve.<br />

Quando seus dois filhos foram mortos <strong>por</strong> desrespeitarem o mandado expresso de Deus, ele não se<br />

rebelou, nem mesmo murmurou. Contudo o relato de sua nobre vida fora deslustrado. Arão cometeu<br />

grave pecado quando se rendeu aos clamores do povo e fez o bezerro de ouro no Sinai; e novamente,<br />

quando se uniu a Miriã na inveja e murmuração contra Moisés. E, juntamente com Moisés ofendeu o<br />

Senhor em Cades,desobedecendo à ordem de falar à rocha para que esta vertesse sua água.<br />

Era intuito de Deus que estes grandes dirigentes de Seu povo fossem representantes de Cristo. Arão<br />

trazia sobre o peito os nomes de Israel. Comunicava ao povo a vontade de Deus. Entrava no lugar<br />

santíssimo no dia da expiação, “não sem sangue”, (Hebreus 9:7) como mediador de todo o Israel. Saía<br />

daquela obra para abençoar a congregação, assim como Cristo sairá para abençoar Seu povo expectante<br />

quando Sua obra de expiação em favor do mesmo se finalizar. Foi o caráter exaltado daquele sagrado<br />

ofício, como representante de nosso grande Sumo Sacerdote, que tornou o pecado de Arão em Cades de<br />

tamanha magnitude.<br />

Com profunda tristeza Moisés removeu de Arão as santas vestes, e as pôs sobre Eleazar, que assim<br />

se tornou seu sucessor <strong>por</strong> determinação divina. Pelo seu pecado em Cades, foi proibido a Arão o<br />

privilégio de oficiar como sumo sacerdote de Deus em Canaã — de oferecer o primeiro sacrifício na boa<br />

terra, e assim consagrar a herança de Israel. Moisés devia continuar em seu cargo, guiando o povo até as<br />

bordas de Canaã. Devia ele chegar até onde poderia avistar a Terra Prometida, mas ali não deveria entrar.<br />

Houvessem esses servos de Deus, quando se achavam perante a rocha em Cades, resistido, sem<br />

murmurar, à prova que ali lhes sobreveio, quão diferente lhes teria sido o futuro! Um mau ato jamais<br />

pode ser desfeito. Pode ser que o trabalho de uma vida inteira não recupere o que se perdeu em um<br />

simples momento de tentação ou mesmo de inadvertência.<br />

A ausência no acampamento dos dois grandes chefes, e o haverem sido acompanhados <strong>por</strong> Eleazar,<br />

o qual, sabia-se, deveria ser o sucessor de Arão no sagrado ofício, despertaram sentimento de apreensão,<br />

e sua volta era ansiosamente esperada. Ao olhar o povo em redor de si, para a sua vasta congregação,<br />

viram que quase todos os adultos que saíram do Egito haviam perecido no deserto. Todos sentiram um<br />

mau sinal ao lembrarem-se da sentença pronunciada contra Moisés e Arão. Alguns estavam cientes do<br />

objetivo daquela jornada misteriosa ao cume do Monte de Hor, e sua solicitude para com os líderes<br />

aumentava em virtude de amarguradas lembranças e acusações contra si mesmos. As formas de Moisés<br />

e Eleazar foram finalmente divisadas descendo vagarosamente a encosta da montanha; mas Arão não<br />

estava com eles. Sobre Eleazar estavam os trajes sacerdotais, mostrando que havia sucedido a seu pai no<br />

ofício sagrado. Quando o povo com coração pesaroso se reuniu em torno de seu líder, Moisés lhes disse<br />

que Arão morrera em seus braços, sobre o Monte Hor, e que eles o sepultaram ali. A congregação rompeu<br />

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