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Figura 5- Representação da cidade elaborada por um rapaz de 14 anos<br />

Neste desenho é possível ver a cidade verde e por outro lado a cidade dos adultos e despovoada.<br />

3- Práticas urbanas<br />

No domínio das práticas urbanas as categorias a destacar são: as rotinas diárias, os tempos<br />

livres e os destinos.<br />

As rotinas diárias dos entrevistados são quase todas idênticas: acordar, pequeno-almoço,<br />

escola, regresso a casa, fazer os trabalhos de casa, ver TV, jantar e dormir, outros antes de ir para<br />

casa ainda referem ir para a ADCL, fazer os trabalhos de casa e jogar computador. Por outro lado,<br />

há uma parte dos entrevistados que não faz referência à escola e só fala nas brincadeiras e<br />

atividades que faz durante o dia, jogar computador, ver televisão, jogar futebol, brincar.<br />

No que diz respeito aos tempos livres, existem três tipos diferentes de atividades de tempos<br />

livres, atividades ao ar livre em que são destacadas: andar de bicicleta, caminhar, brincar às<br />

escondidas e apanhadas, correr e jogar futebol; atividades em casa que foram as mais destacadas:<br />

ver televisão, ler, estudar, jogar computador, estar nas redes sociais, assistir a séries, filmes,<br />

navegar na internet, ouvir música, desenhar, escrever; por fim, atividades institucionalizadas,<br />

natação, estar na ADCL, jogar futebol.<br />

Finalmente quanto aos destinos, poucas são as crianças que dizem visitar alguma coisa ou<br />

ir a algum lado sem ser próximo de casa, mas os destinos frequentados são a biblioteca, as piscinas,<br />

cinema, shopping e parque da cidade.<br />

No domínio das práticas urbanas é bem visível que a rotina destas crianças é basicamente<br />

casa-escola, escola- casa e quase todas as crianças manifestaram esta rotina; de salientar que<br />

ainda houve um grupo de crianças/jovens (os que viviam no bairro social) que na sua rotina nunca<br />

falou da escola, mas sim das atividades que faz, como por exemplo: correr, brincar. Os seus tempos<br />

livres são maioritariamente passados em casa em atividades de baixo rendimento físico a ver TV,<br />

computador, redes sociais ou então em instituições, são muito poucas as atividades ao ar livre.<br />

Neste domínio existe uma diferença quanto ao local de residência, as crianças que habitam no<br />

Bairro Social foram as que deram preferência às atividades ao ar livre. Não se manifestaram<br />

diferenças quanto à idade nem ao sexo dos entrevistados.<br />

Considerações finais<br />

Com este estudo pode-se confirmar o que é dito na literatura, as crianças e jovens possuem<br />

pouca autonomia e mobilidade, deslocam-se pouco na rua e usam pouco transportes públicos.<br />

Destaca-se ainda que as crianças têm pouco conhecimento acerca da cidade onde vivem, não se<br />

sabem orientar nela e que isto está relacionado com a pouca mobilidade que têm.<br />

As crianças/jovens contribuíram ainda com medidas acerca do que melhorar na cidade,<br />

segundo a opinião deles e ainda com ideias do que havia de ser implementado para a idade deles,<br />

dando sugestões para a implementação. Seria necessário, depois deste estudo, a construção de<br />

políticas públicas que melhorassem a autonomia, mobilidade e perceção das crianças e jovens do<br />

município de Guimarães.<br />

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