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mediadores, considera-se que os orientadores das sessões, enquanto mediadores, foram<br />

também peças importantes para assegurar a mediação. Nos registos visuais das crianças o<br />

polícia ou o cantoneiro de limpeza tinham sempre um rosto e um nome – era alguém que eles<br />

conheciam.<br />

O mediador é, de alguma forma, um provocador que leva cada um a «interagir com o objeto de<br />

tal forma que ele seja seduzido a querer olhar mais de perto e saber mais» (Rice & Yenawine,<br />

2002: 293). Quando o mediador se centra no ato de “explicar” a informação sobre o objeto, ensina<br />

uma receção passiva e não uma observação ativa. Quando assume a responsabilidade de<br />

provocar, para que cada um “entre” no objeto e se relacione com ele de forma personalizada,<br />

quando o foco está em, perante esse objeto, desafiar a que cada um o observe e questione, a<br />

experiência de observação ativa pode ser transformadora (ibidem).<br />

Conclusão<br />

Os Bastidores da Cidade têm contribuído para criar entre colaboradores do município de áreas<br />

distintas, um espírito de corporativismo que se acredita ser um valor com potencial para gerar<br />

capilaridades quer internamente, quer externamente.<br />

Este projeto, e especificamente o recurso a objetos mediadores no trabalho com crianças do<br />

ensino pré-escolar, revelou constituir uma estratégia adequada quer em termos de mediação,<br />

quer para “ir contando uma história”, assegurando a continuidade num projeto que se desenvolve<br />

ao longo de vários meses.<br />

Por fim, a experiência enquanto mediadora é de que os objetos mediadores têm a capacidade<br />

de nos “meter inteiros” nas situações, com a nossa capacidade lógica e mental, mas também<br />

com as nossas emoções, sentimentos, experiências e memórias. A sua materialidade aproximanos<br />

das situações do real e também das crianças.<br />

Referências<br />

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Cambridge University Press.<br />

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