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sociais dirigidas à infância, designadamente das que visam a saúde pediátrica. Estamos<br />
vinculados a garantir que a projeção de espaços consagrados às crianças deverá considerar o<br />
seu contributo e as suas deliberações.<br />
É também claro que a vertente humana é muito valorizada pelas crianças hospitalizadas. Dessa<br />
vertente destacam-se as relações estabelecidas com os profissionais de saúde e com os pais.<br />
Creio que mais importante do que projetar espaços com condições infraestruturais<br />
irrepreensíveis é dotar os espaços dirigidos à infância de mais e melhores recursos humanos, e<br />
que estes sejam sujeitos ao escrutínio e avaliação por parte das crianças que servem. Não tenho<br />
conhecimento de que alguma vez tenha sido dada a possibilidade a uma criança de apresentar<br />
uma reclamação aos Gabinetes do Cidadão do Serviço Nacional de Saúde.<br />
Parece também fundamental proporcionar condições aos pais, não apenas condições de<br />
conforto, mas sobretudo ao nível das políticas de proteção na doença. As penalizações da<br />
incapacidade temporária para o trabalho por motivo de assistência a filhos doentes, em particular<br />
as penalizações sobre a retribuição salarial, levam muitos pais a grandes esforços para<br />
acompanharem os seus filhos hospitalizados. Há até casos em que se veem impossibilitados de<br />
o fazer. Esta é uma realidade com que me confronto diariamente no desempenho da minha<br />
profissão de Assistente Social. E as crianças que colaboraram nesta investigação fizeram-se<br />
ouvir. Importa criar condições para que os pais consigam, sem embaraços, providenciar um<br />
acompanhamento às crianças hospitalizadas.<br />
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