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“Espacialistas 16 - pois ativamente aí exploram e procuram possibilidades de interação, o que lhes<br />

permite progressivamente transformar espaços em lugares. Com a repetição das experiências de<br />

lugar, as crianças vão, ao longo do tempo, construindo novas camadas de significados relativos aos<br />

seus lugares significativos através de affordances multidimensionais, e aperfeiçoando-se enquanto<br />

“Espacialistas”.<br />

CONCLUSÃO<br />

Ao encarar as Crianças enquanto “Espacialistas” pretendemos reforçar a pertinência de<br />

realizar estudos sobre a relação criança-lugar, usando metodologias centradas na criança a partir<br />

das suas experiências pelo território, enquanto “ator-corpo” em movimento. O conhecimento gerado<br />

por este tipo de pesquisas deverá ser parte integrante e ativa de um planeamento urbano participado<br />

e conceção de espaço público centrados nos reais interesses e aspirações das crianças.<br />

É de facto urgente para a saúde e bem-estar das crianças e da própria cidade a construção<br />

de políticas públicas participativas adaptadas à infância e juventude, comprometidas<br />

verdadeiramente com Convenção dos Direitos da Criança. Consideramos que a reconciliação da<br />

“criança em movimento” com a cidade terá de olhar a criança enquanto “Espacialista” e perspetivar<br />

as cidades, ambientes e estruturas urbanas como transaccionalmente expressivas, permitindo às<br />

crianças mais oportunidades variadas de interacções multidimensionais e uma crescente<br />

apropriação de espaços em lugares.<br />

BIBLIOGRAFIA:<br />

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& D. Stea (Eds.), Image and Environment: Cognitive Mapping and Spatial Behavior. Chicago:<br />

Aldine Publishing Company.<br />

16<br />

A designação “Espacialistas” provém do nome dado ao coletivo responsável pela capa, maqueta e imagens<br />

do <strong>livro</strong> “Atlas do Corpo e da Imaginação”, por Gonçalo M. Tavares, Editorial Caminho, 2013.<br />

Os Espacialistas situam-se num território híbrido entre a arte contemporânea e a arquitetura, sendo o nome<br />

”Espacialistas” retirado ao grupo de artistas italianos em torno de Lúcio Fontana que assim se definiam no final<br />

da década de quarenta do século passado. Os projetos deste coletivo debruçam-se na compreensão das<br />

relações espaciais, na transfiguração e na metamorfose do espaço corporalmente e simbolicamente habitado<br />

(https://www.facebook.com/espacialistas/info/?tab=page_info, acedido em 06/03/16)<br />

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