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Juventude, cidadania e pensamento crítico: que relação e formas de promoção<br />
Sónia Pereira<br />
Argumento- Projeto Promoção do Pensamento Crítico<br />
soniacpereira@hotmail.com<br />
Viorica Alich<br />
Argumento- Projeto Promoção do Pensamento Crítico<br />
vioricaalici@ua.pt<br />
ResumoCom esta comunicação pretende-se expor o contributo do pensamento crítico no<br />
desenvolvimento da cidadania ativa junto de crianças e jovens através da apresentação do<br />
projeto LEFO, aplicado em contexto escolar.<br />
O pensamento crítico consiste numa forma de pensar reflexiva e sensata, com o objetivo de<br />
decidir no que se deve acreditar ou fazer, estando direcionado para a tomada de decisão e<br />
construção de uma opinião. Capacitar os jovens com melhores capacidades de pensamento<br />
crítico é potenciar o desenvolvimento das suas competências de resolução de problemas,<br />
refletindo-se estas numa cidadania mais ativa que terá impacto não apenas na sua vivência<br />
pessoal como também comunitária.<br />
A cidadania quando olhada na perspetiva da infância e juventude é entendida como<br />
participação, ou seja, na experiência do sentimento de envolvimento e na predisposição para<br />
contribuir na vida da comunidade. Torna-se imprescindível preparar e motivar os jovens para<br />
este exercício cívico, assim como capacitar a comunidade com estratégias para facilitar este<br />
envolvimento, orientado num sentido de integração e desenvolvimento comunitário.<br />
Palavras-chave: Juventude, Cidadania Ativa, Pensamento Crítico<br />
INTRODUÇÃO<br />
No relatório divulgado no dia 1 de setembro de 2015, em Bruxelas, sobre as Novas prioridades<br />
para cooperação europeia na educação e formação (Comissão Europeia, 2015) verificam-se seis<br />
pontos prioritários a desenvolver, encontrando-se a Comunidade Europeia a lidar com uma série<br />
de tarefas urgentes, nomeadamente a criação de emprego, recuperação económica,<br />
crescimento sustentável e o reforço da coesão social. São propostos quatro objetivos<br />
estratégicos a alcançar: tornar real a aprendizagem ao longo da vida e a mobilidade; melhorar a<br />
qualidade e a eficácia da educação e da formação; promover a igualdade, a coesão social e a<br />
cidadania ativa e ainda incentivar a criatividade e a inovação, incluindo o empreendedorismo,<br />
em todos os níveis de educação e formação.<br />
No mesmo relatório são também apontadas seis áreas prioritárias:<br />
1- Habilidades e competências relevantes e de alta qualidade, com foco em resultados<br />
de aprendizagem para a empregabilidade, a inovação e a cidadania ativa.<br />
2 - Educação inclusiva, igualdade, não discriminação e promoção de competências<br />
cívicas.<br />
3 – Educação e formação abertas e inovadoras, totalmente orientadas para a era digital.<br />
4- Suporte profissional dos educadores (apoio, promoção da excelência)<br />
5 – Transparência e reconhecimento de competências e qualificações para facilitar a<br />
aprendizagem e mobilidade laboral.<br />
6- O investimento sustentável, desempenho e eficiência dos sistemas de educação e<br />
formação.<br />
Entre estas salienta-se a relevância dada à cidadania, encontrando-se duplamente nomeada<br />
como prioridade: no 1.º ponto, como “cidadania ativa” e no 2.º como “competências cívicas”.<br />
É possível ler-se também que a promoção do pensamento crítico é identificada como um meio<br />
para o alcance de uma educação inclusiva da igualdade, da não-discriminação e da promoção<br />
de competências cívicas.<br />
Consideramos que o encorajamento para melhorar o pensamento crítico em parceria com a<br />
cyber-literacia e literacia para os media para obter a promoção da inclusão e das competências<br />
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