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Em conjunto com elas, estamos aprendendo a conhecer as suas dificuldades e potências. Também<br />

nos questionávamos se estaríamos promovendo ações para adaptar as crianças a longa espera das<br />

consultas nos ambulatórios. Consideramos que toda criança Hemofílica precisa ter o direito de ter<br />

atendimento de saúde em sua cidade de origem e que não precisa viajar para buscar atendimento<br />

em outra cidade. Entretanto, também acreditamos que, apesar das crianças ainda não possuírem a<br />

condiçao ideal de tratamento, o Projeto de Extensão nos oportuniza conhecer a realidade dessas<br />

crianças. Ele nos une na luta conjunta para que elas possam ser atendidas por políticas públicas<br />

tanto na área da saúde, como cultura, lazer e educação. O Projeto apresenta resultados positivos<br />

que estão presentes nas atividades realizadas. Muitas crianças no início interagiam pouco conosco.<br />

Após seis meses do Projeto, essas crianças estabeleceram vínculos, estão mais falantes e ativas.<br />

Elas pedem para suas consultas serem marcadas nos dias do Projeto e trazem os seus irmãos para<br />

brincarem conosco. As enfermeiras colaboram com o Projeto e procuram marcar as consultas<br />

nesses dias solicitados. As famílias, que antes ficavam horas esperando as consultas, com poucas<br />

interações e stressadas com a situação, após as interações e brincadeiras, hoje são próximas e<br />

trocam experiências sobre seus filhos. O Projeto de Extensão no Hemocentro de Maringá é um<br />

espaço de “entre lugares” pois ele não está restrito somente a procedimentos evasivos com as<br />

crianças, mas é um espaço que elas também podem vivenciar experiências de alegria, do lúdico e<br />

da amorosidade. É também um espaço político no qual elas também dizem como querem ser<br />

tratadas. Estes aspectos oportunizam o protagonismo infantil e a promoção da cidadania no espaço<br />

urbano. As crianças têm participado no tratamento mais motivadas, interagem com seus pares e<br />

têm nos ensinado a conhecer a leveza das suas infâncias, mesmo em condições adversas.<br />

Referências<br />

Borges, M. A. (1996) Criação e implantação de um Serviço Pedagógico Ambulatorial para<br />

portadores de doenças crônicas do sangue: um relato de experiência. Mestrado em<br />

Educação. Faculdade de Educação. Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil.<br />

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em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm. (Acessível em 08 de fevereiro de<br />

2016)<br />

Brasil. (2006). Três Irmãos de Sangue. Documentário Dirigido por Angela Patricia Reiniger.<br />

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=irALS9hBFQ0. (Acessível em 06 de<br />

fevereiro de 2016).<br />

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Disponível em http://www.blog.saude.gov.br/35421-sus-fornece-tratamento-parahemofilicos.html.<br />

(Acessível em 07 de fevereiro de 2016).<br />

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Gazzinelli, M.F et al. (2005) Educação em Saúde: conhecimentos, representações sociais e<br />

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Jan.Fev, 2005<br />

Mager,M. Muller, V.R; Silvestre, E.; Morelli, (2011) A. Práticas com crianças, adolescentes e jovens:<br />

pensamentos decantados. Maringá: Eduem<br />

Muller, V.R; Rodrigues, P.C. (2002) Reflexões de quem navega na Educação Social. Uma viagem<br />

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Muller, V.R.; Morelli, A. J.(orgs) (2002). Crianças e Adolescentes: A arte de sobreviver. Maringá,<br />

Eduem<br />

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2/Hemofilia-2/. (Acessível em 06 de fevereiro de 2016).<br />

Natali, P.M.; Souza, C.R.T.; Muller, V. R. (2013) Formação Política do educador social: princípios<br />

para práxis emancipatórias. In Anais do Seminário do Programa de Pós Graduação em<br />

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Nunes, A. A. Et.al. Qualidade de vida de pacientes hemofílicos acompanhados em ambulatório de<br />

hematologia. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-<br />

84842009000600012. (Acessível em 08 de fevereiro de 2016)<br />

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Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-<br />

32622007000300005&script=sci_arttext. (Acessível em 08 de fevereiro de 2016).<br />

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