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CONVERSAS COM SOCIÓLOGOS BRASILEIROS ... - GV Pesquisa

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Você está dizendo que a C. Política está abandonando a Sociologia Política.<br />

Você tem toda razão. Eles têm objetos mais delimitados, métodos, aparentemente, mais<br />

precisos, falam mais em metodologia. Só que não acho intelectualmente instigante o que<br />

eles fazem.<br />

Eles respondem questão fundamental que deveriam respondem sobre o Estado.<br />

Eles não gostam de política. Gostam de número.<br />

E aí entra o nível de colonialismo da Ciência Política pela Economia. O que fazem é<br />

micro-economia.Teoria dos jogos.<br />

Nós vamos fazer um número sobre Sociologia Econômica. Acho que ela não é colonizada,<br />

porque tem reflexão mais ancorada na tradição sociológica.<br />

Claro. Ela nasceu exatamente para fazer o confronto com a hegemonia do pensamento<br />

neoclássico.<br />

Quando eu estive em Stanford, nos Estados Unidos, eu fiquei muito amigo deste grande<br />

sociólogo econômico, que é o sueco Swedberg. Nós éramos muito companheiros. Ele fez<br />

um seminário sobre Weber. Os americanos não agüentam a análise histórica. Eles querem<br />

um Weber formal, não histórico. Através dele, tinha mais dois sociólogos econômicos no<br />

grupo. Eles faziam a indagação sobre o papel da Economia, dos economistas, das políticas<br />

econômicas, mas, do ponto de vista diferente dos economistas. Em geral, neste seminário,<br />

cada um falava sobre o seu trabalho. Eu apresentei o Nacional Estrangeiro com slides. Ele<br />

foi um dos únicos que fez questões mais teóricas. É a coisa.<br />

Você poderia falar sobre o projeto IDESP e a editora Sumaré.<br />

O projeto IDESP nasceu de um grupo de amigos. Era um momento que estava no ar como<br />

alternativa ao trabalho na universidade a formação dos centros privados. Já havia sido<br />

formados o CEBRAP e o CEDEC. Havia certo desentendimento do Bolívar Lamounier no<br />

CEBRAP. Ele queria sair do CEBRAP, e naquele momento ele estava casado com a<br />

Carmute. Eu era muito amigo deles. Naquela época, eu trabalhava na F<strong>GV</strong> e não na USP, e<br />

achávamos que o centro privado daria, como deu, mais independência, mais autonomia de<br />

gestão, que teríamos acesso aos recursos de mercado de uma maneira mais criativa. Para<br />

mim sempre foi mais difícil viabilizar financiamento, porque meus assuntos culturais nunca<br />

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