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CONVERSAS COM SOCIÓLOGOS BRASILEIROS ... - GV Pesquisa

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F<strong>GV</strong>-EAESP/<strong>GV</strong>PESQUISA 7/399<br />

Benício Schmidt (UNB), Maria Arminda Arruda (USP), José Vicente Tavares dos Santos<br />

(UFRS),Ricardo Benzaquém (IUPERJ), Ricardo Antunes (UNICAMP).<br />

Importantes esclarecimentos precisam ser feitos com relação a esta listagem: O<br />

primeiro é que reconhecidos nomes da Sociologia brasileira não puderam, por várias<br />

razões, compor esta coletânea, o que certamente reduz sua amplitude. Entre estes, figura o<br />

de Fernando Henrique Cardoso que comporá outro volume desta coleção, Conversas com<br />

Cientistas Políticos Brasileiros. Embora estivesse prevista inicialmente a entrevista com a<br />

professora Maria Isaura Pereira de Queiroz, não pudemos realizá-la por motivos de saúde.<br />

A entrevista do professor Ianni foi montada a partir de trechos selecionados de depoimentos<br />

concedidos em diversas ocasiões, já que nosso encontro com ele, embora agendado para<br />

março de 2004, não pôde ocorrer pelo agravamento de seu estado de saúde e falecimento<br />

logo a seguir.<br />

O pressuposto teórico deste trabalho é que no mundo dos sociólogos a retórica<br />

também ocupa um lugar fundamental tão importante quanto o realismo de algumas<br />

suposições ou a verificação de alguma predição. Como e por que o debate sobre a retórica<br />

chegou às ciências sociais? As respostas a esta questão devem ser feitas no quadro da<br />

análise de uma tendência mais abrangente de estudos de retórica nas ciências.<br />

Em seus últimos trabalhos, McCloskey tem enfatizado as razões que forneceriam<br />

explicação para sua extensão às áreas de Economia, Sociologia e Filosofia. Segundo ele, as<br />

atividades persuasivas abrangem paulatinamente espaço crescente nas ocupações na medida<br />

em que se reduzem as atividades diretamente produtivas. É quase consensual hoje que o<br />

monopólio na determinação dos padrões gerais de cientificidade estabelecidos pelo<br />

empirismo lógico tem sido quebrado por novas correntes de pensamento. Este processo<br />

refletiu-se rapidamente nas ciências sociais. Talvez tenha sido estimulado pelo ceticismo<br />

presente nestas disciplinas com relação às possibilidades de verificação inquestionável dos<br />

resultados teóricos, através de testes empíricos. Isto levou os especialistas em metodologia<br />

a se preocuparem com os meios usados pelos cientistas sociais para criar suas convicções,<br />

transmiti-las a seus pares e aceitar intercâmbio de idéias. Como o próprio McCloskey<br />

afirmou: “Retórica não é o que sobra depois que a lógica e a evidência fizeram seu trabalho<br />

R ELATÓRIO DE P ESQUISA Nº 11 /2008

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