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CONVERSAS COM SOCIÓLOGOS BRASILEIROS ... - GV Pesquisa

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Hoje, cada grupo indica dois dos melhores papers para serem selecionados para a<br />

revista. Então, imagine que são cinqüenta e dois papers que chegam e não caberiam<br />

todos na RBCS.Incrível como cresceu tudo!<br />

Imagine a pós-graduação! Eu me lembro que nós éramos seis, hooje, nós somos trinta e<br />

três, trinta e quatro programas. Há programas de pós-graduação em Sociologia quase que<br />

no Brasil inteiro. Eu acompanhei esta evolução. Eu conheço todos os programas, inclusive<br />

os mais recentes. Eu conheço muitas pessoas no Brasil que fazem Sociologia, e sempre tive<br />

uma visão muito boa do que está sendo feito em cada lugar. Eu até, agora, tenho de<br />

escrever um paper para um livro sendo organizado pelo Carlos Benedito Martins. É um<br />

projeto antigo, para contar um pouco esta avaliação, que acabou se arrastando. Então, o que<br />

eu sempre fiz a vida inteira e que faço com muita facilidade é esta coisa da avaliação. E eu<br />

tenho uma capacidade muito grande de nunca me deixar envolver emocionalmente nestas<br />

avaliações. Pode ser meu irmão, mas, se o seu projeto estiver ruim não será escolhido.<br />

Também mostrou que podemos trabalhar muito bem com os colegas. Eu nunca sofri<br />

grandes pressões, apesar de ter participado destes comitês o tempo todo, e sempre fui muito<br />

bem recebido em todo lugar. Eu acho que, talvez, eu seja uma das pessoas mais conhecidas<br />

na pós-graduação brasileira porque foi primeiro a ANPOCS, depois o CNPq, depois<br />

CAPES. Talvez, não saibam o que eu publiquei, mas me conhecem. Considero que a<br />

experiência com CAPES, CNPq e ANPOCS foram experiências muito enriquecedoras, pois<br />

também aprendo como funciona a Universidade, o sistema de produção, publicações, etc.<br />

Fale da área de Metodologia na qual você fez muitos trabalhos, como levantamentos<br />

sobre o perfil dos alunos.<br />

É, na verdade, isto era quase decorrência de eu ser professor de Metodologia. Quem se<br />

interessou inicialmente por isto não fui eu, mas a Eunice.Ela sempre teve grandes propostas<br />

de reformular, de mudar e de transformar a Universidade, a Faculdade de Filosofia e o<br />

Departamento. Acho que nunca conseguiu fazer como gostaria. Por exemplo, uma coisa<br />

que tínhamos em mente era reformar o curso de Ciências Sociais de tal modo que o curso<br />

noturno não fosse exatamente cópia do diurno. Para isto precisávamos saber de onde os<br />

alunos vinham, o que queriam, quem eram. Neste período, que vai até o início dos anos 80,<br />

estudamos muito o aluno. Até tenho um livro que se chama Os Favoritos Degradados,<br />

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