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CONVERSAS COM SOCIÓLOGOS BRASILEIROS ... - GV Pesquisa

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Bolívar Lamonier, o Carlos Martins, Pedro Calil Padis, o Francisco de Oliveira. Eu entrei<br />

logo no início via Procópio. Ele tinha um projeto. O plano na época era a questão do<br />

desenvolvimento, de investigar quais as pontes promotoras do desenvolvimento e o que o<br />

retardava. Estudávamos o que era marginalidade social. Nesse grande projeto cada um<br />

estudava, na sua área, o que acelerava e o que retardava o desenvolvimento. O Procópio se<br />

interessava pelas religiões, que pela ótica marxista era pouco valorizada, mas, ele era capaz<br />

de indicar alguns núcleos religiosos que tinham um trabalho social importante, que anos<br />

mais tarde viriam a desembocar em movimentos sociais, e que depois, acabaram se<br />

transformando em Comunidade Eclesiais de Base. Depois, com a redemocratização alguns<br />

partidos políticos tiveram origem nestes movimentos religiosos. Então, o Procópio montou<br />

um projeto e eu fui trabalhar ele. A Rosalba foi trabalhar como calculista da Elza Berquó,<br />

só que em seguida foi presa. Então eu a substituí. Assim, eu tinha dois pés no CEBRAP,<br />

um pela Sociologia da Religião, com o Procópio; e outro, pela Estatística, com Elza. Eu<br />

estava, nesta época, começando o mestrado. Foi em 1971, e assim que eu me formei fui<br />

trabalhar como assistente do Pascoto em disciplinas de Estatística, em Santo André e na<br />

antiga Sedes Sapientiae, que foi fundida com a antiga Faculdade São Bento. Na reforma da<br />

PUC fui para o Instituto de Psicologia da PUC, onde fiquei muitos anos como professor de<br />

Estatística Experimental. Terminei o mestrado em 74 e comecei o doutorado. Continuei a<br />

trabalhar na PUC, mas, agora no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais. Na<br />

época, eram poucos os doutores, então os jovens mestres que já estavam fazendo doutorado<br />

podiam lecionar no Pós. Era o caso de Vilmar Faria, Bolívar Lamonier, Andréa Reis<br />

Loyola. Então, se eu voltar a sua primeira pergunta – como é que fui para as Ciências<br />

Sociais – não dá para dizer porque foi um turbilhão de coisas acontecendo. Eram<br />

possibilidades que se abriam. Eu nunca fui procurar um emprego. Foram caindo no meu<br />

colo o tempo inteiro.<br />

Então, foi sua formação que o empurrou para a Estatística e, obviamente para a área de<br />

Metodologia.<br />

Isto. Porque trabalhando com a Elza Berquó e Procópio no CEBRAP, como já disse, tinha<br />

duas atividades. O primeiro projeto do Procópio transformou-se em um livro chamado<br />

Católicos, Protestantes e Espíritas publicado há 33 anos atrás. Neste livro fiquei<br />

encarregado da parte dos afro-brasileiros. Daí que vem minha outra origem de trabalhar<br />

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