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CONVERSAS COM SOCIÓLOGOS BRASILEIROS ... - GV Pesquisa

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Você, no seu trabalho Metrópole e Cultura mostra que, se referindo aos anos 50,<br />

persistem valores tradicionais. Só que estes valores tradicionais estão articulados naquele<br />

momento a uma nova formulação da economia, da sociedade brasileira<br />

Era o projeto civilizado que estava aqui e que não se realiza integralmente.<br />

Diz que é um golpe de 64 que interrompe o processo. Ele é parte disto, mas, acho que por<br />

trás da sua análise você está dizendo que os valores tradicionais que persistiram, que<br />

funcionaram politicamente, foram inoperantes. Leio isso em sua análise sobre o teatro do<br />

período<br />

Nós estávamos falando na trajetória e pulamos para questões importantíssimas. Então,<br />

se você pudesse continuar depois a questão do doutorado...Quem eram seus<br />

colegas?Algum deles ficou na academia?<br />

O Brasílio Sallum, Orlando Miranda, que ficaram como professores da USP.A Gisela<br />

Tashner, que está na F<strong>GV</strong>, Gilberto Vasconcelos que está na Universidade Federal de Juiz<br />

de Fora. O Valdenir Caldas e Celso Frederico, que estão na ECA. É engraçado que da<br />

Universidade tirei amizades para a vida inteira. Hoje, acho que isso não acontece porque<br />

não existe mais turma! Terminada a graduação fui para a pós-graduação, tanto Gisela<br />

quanto eu queríamos fazer mestrado com Gabriel Cohn. Tive professores muito bons, como<br />

o Weffort, que deu um belo curso de populismo, sobre o ISEB...Fui aluna de Ruth Cardoso<br />

em um curso sobre Lévi-Strauss, de José de Souza Martins, na disciplina de Sociologia II.<br />

A Carmuti era uma jovem professora; muito interessante como também o Eduardo<br />

Kugelmas, Lourdes Sola, Heloísa Martins, que era professora de Métodos. O curso era<br />

muito bom. Hoje, acho que é ainda melhor, não de ponto de vista dos professores que lá<br />

estão, ou da perspectiva intelectual, mas porque é mais bem organizado.Talvez, o<br />

rendimento seja muito inferior, porque depende de muitas coisas. Um curso não é só um<br />

currículo bem organizado. É muito mais do que isto. Na pós-graduação, Gisela e eu fomos<br />

buscar a orientação de Gabriel Cohn que estava começando, e pertencemos à sua primeira<br />

turma de orientandos. O tema era na área da Sociologia da Comunicação. Logo em seguida<br />

fui trabalhar na PUC-SP onde só fiquei um ano, trabalhando no curso básico. Foi minha<br />

primeira experiência profissional. Deixei por muitos motivos pessoais, e também porque<br />

percebi que se ficasse na PUC, no curso básico, eu nunca iria fazer pós-graduação, nessa<br />

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