30.10.2014 Views

O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

149<br />

Fig. 10 - Malhação do Judas - Ribeirão da Ilha - Abril 2001<br />

3.3.3 - CICLO DO DIVINO maio e junho - estação outono/inverno<br />

O ciclo do Divino é o tempo mais especial do calendário nativo para saldar as dívidas<br />

<strong>de</strong> promessa com o “santo”. É também um tempo <strong>de</strong> visitação e aferição das obrigações das<br />

pessoas para com a gran<strong>de</strong> festa “em honra do Divino”; tempo <strong>de</strong> cortejos e daquela exibição<br />

vistosa da indumentária real, tipicamente comunitária; da aglutinação dos familiares e amigos<br />

na passagem solene dos cortejos e bandas, momento em que todos se entrevêem como estando<br />

no espetáculo da realeza imperial la<strong>de</strong>ada pelos súditos do arraial.<br />

O ciclo do Divino começa já na Quaresma com a saída das Ban<strong>de</strong>iras peditórias (fig.<br />

11) que percorrem as casas, anunciando a festa e coletando donativos. Note que o modo em<br />

que as pessoas recebem os irmãos e oferecem donativos é um excelente termômetro para<br />

avaliar quem é nativo ou é <strong>de</strong> fora, se respeita ou estranha, se cresce ou diminui a participação<br />

do povo morador nos festejos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!