O AtlÃ¢ntico AÃ§oriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

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151 Fig. 13 - Procissão para buscar o casal imperial Sto. Antônio de Lisboa - Setembro 2001 Fig. 12 - Cortejo imperial, foliões e banda - Ribeirão da Ilha Março 2001 A cantoria sai em jornada indo nas casas sempre durante o dia, levando uma bandeira com uma pomba branca em destaque, com fitas penduradas em seu mastro. As fitas significam promessas pagas e são da altura da pessoa que alcançou a graça pedida ao Divino. A pomba em cima é de madeira e vai com as asas fechadas, representando a humildade da visita e do pedido de auxílios ou prendas para a grande festa. A Bandeira entra casa a dentro, passa por todos os cômodos, nas camas dos enfermos, chegando mesmo às plantações e ranchos de
152 pesca. Pedacinhos de fita a cor vermelha da bandeira são usadas como amuletos e também para fazer chá. Quando anoitece, a bandeira e os foliões pousam na casa de algum irmão pelo caminho e lá fazem uma novena. Depois é feito o arremate das oferendas. Tais recursos servirão para a realização da festa principal, com a presença da família e cortejo imperiais. É comum as Bandeiras amanhecerem em andanças e, tal qual os Ternos de Reis, os foliões recebem comidas e bebidas dos agraciados com a visita. A festa em si ocorre durante três dias em que há cortejos, missa festiva, decoração do Império (fig.14), bailes, shows, barraquinhas, apresentações folclóricas, bingos e queima de fogos. No último dia são coroados o Imperador e a Imperatriz e por fim, sorteados ou eleitos o novo casal festeiro que coordenará as festividades do ano seguinte. Fig. 14 – Império do Divino – Ribeirão da Ilha – junho de 2001 De olho na criatividade e na organização que o festeiro anterior demonstrou, o próximo tentará fazer melhor ainda porque ser festeiro é ocasião e posição de muito prestígio. Na Ilha e nas cidades do litoral proliferam muitas destas festas e tem-se assistido a um
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