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O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

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8<br />

NOTA PREFACIAL<br />

Nesta introdução 1 , vou abdicar <strong>de</strong> uma apresentação convencional, isto é, aquela<br />

síntese, normalmente exaustiva, que resume todo o trabalho, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os dados <strong>de</strong>scritivos até<br />

aos marcos teóricos <strong>de</strong> referencia. Desejo antes, aqui recepcionar o leitor em sua entrada no<br />

texto, <strong>de</strong> início convidando-o a ler cada uma <strong>de</strong> suas partes (capítulos) na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> sua<br />

escolha porque não há, neste trabalho, uma or<strong>de</strong>m tão rígida entre os capítulos que obrigue<br />

quem quer que seja a uma leitura a partir do começo (até porque -sabe-se- a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

apresentação do conhecimento nunca é congruente com aquela <strong>de</strong> sua aquisição). Isto não<br />

quer dizer que não tenha havido um procedimento organizativo prévio. Houve sim. A or<strong>de</strong>m<br />

escolhida é aquela que vai do global (geral) ao local (particular) ou melhor : da diáspora<br />

açoriana transnacional às formas jocosas <strong>de</strong> interação entre os nativos do sul da ilha <strong>de</strong> <strong>Santa</strong><br />

<strong>Catarina</strong>. Esta escolha, (a <strong>de</strong> não fazer uma introdução convencional), tem a ver com a própria<br />

composição dos temas (eles têm certa eqüidistância ), com a estrutura e a escrita do texto (que<br />

é dialógica, polifônica), com os objetivos traçados (dar um corpus etnográfico a um tema<br />

genérico, a açorianida<strong>de</strong>) e também com a forma em que o trabalho <strong>de</strong> campo foi feito (multisituado,<br />

multi-focalizado). Portanto, preferi fazer uma nota prefacial que conterá, asseguro,<br />

os dados indispensáveis para introduzir o leitor à pesquisa realizada. No entanto, ela conterá<br />

outros elementos que servirão para, além <strong>de</strong> situar o leitor, colocar certos posicionamentos<br />

próprios relativos ao estado da arte da nossa disciplina.<br />

1 Gostaria <strong>de</strong> ren<strong>de</strong>r meu tributo e sentimento <strong>de</strong> gratidão a todos os professores do hoje, Departamento <strong>de</strong><br />

Antropologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Catarina</strong>. Toda a minha formação acadêmica, <strong>de</strong> 1979 até hoje,<br />

foi ali realizada. Minha opção pela antropologia <strong>de</strong>ve-se, em muito, aos mestres especiais que encontrei pelo<br />

caminho. Foram eles: Anamaria Beck, Alroino Eble (falecido), Silvio Coelho dos Santos, Rafael José <strong>de</strong><br />

Menezes Bastos, Dennis Werner e Esther Jean Langdon. A eles <strong>de</strong>dico este trabalho.

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