O Atlântico Açoriano - Musa - Universidade Federal de Santa Catarina

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de uma distinção metodológica – embora esta distinção esteja ancorada no plano empíricoidentitário
- entre a identidade nacional portuguesa e a identidade regional açoriana,
abordando a açorianidade e a “cultura da saudade” 7 no contexto das estratégias políticas de
incorporação das comunidades de imigrantes e da mudança da imagem dos portugueses no
contexto americano. (FELDMAN-BIANCO: 1992b). De resto, os estudos de Feldman-Bianco
têm estimulado o desenvolvimento de mais pesquisas etnográficas sobre os açorianos, com
foco na transnacionalização da açorianidade e no seu caráter global de cultura diaspórica.
(LEAL, 1997; MENDES, 1999; LACERDA, 2002) 8 .
Finalizando estas essas observações sobre o processo migratório açoriano,
apresentamos, em mapa (fig. 3) uma ilustração gráfica da diáspora açoriana. O mapa indica
em vermelho, os países e as principais áreas de fixação das comunidades de imigrantes e
descendentes de açorianos: as províncias do Canadá, em que destacam-se cidades como
Montreal, Toronto, Vancouver, Winnipeg; Estados Unidos, nos estados da Nova Inglaterra,
Califórnia e Hawai; Bermuda; Venezuela e Brasil, principalmente os estados do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. O mapa foi elaborado com base em
levantamento próprio realizado em setembro 2000, nos arquivos da Direção Regional das
Comunidades/Governo Regional dos Açores, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira.
7 Sobre a saudade como “tradição inventada”, ver Leal (1998).
8 Para uma compilação comentada da bibliografia mundial sobre os Açores na área das ciências sociais, ver
Moniz (1999).